Por: Alexandre Mendes
Vê aquela flor?
Um dia, ela foi rosa
perfumada, bonita
impávida e formosa.
Hoje, jaz no triste limbo
seca, cinza e horrorosa
Vê aquele animal?
Um dia teve sorte
abanando a cauda,
alegre e forte.
Hoje, expele dolorosos vermes
esperando a própria morte
Vê aquela construção?
Um dia foi admirada
retilínea, colorida
janela e porta cor de prata.
Hoje, abalada e vazia
entregue à cupim e barata
Vê aquele homem?
Um dia foi contente
hábil, musculoso
viril e atraente.
Hoje, acamado e febril
cheio de escaras, inconsciente
Vê o nosso mundo?
Um dia foi arejado
água limpa; solo rico
clima ameno e temperado.
Hoje é superaquecido,
poluído e desmatado
Vê como é o destino?
Um dia é otimismo
crença em contos
verdade mau contada
outrora é escuro abismo,
e o fim da linha revela o nada.
Vê aquela flor?
Um dia, ela foi rosa
perfumada, bonita
impávida e formosa.
Hoje, jaz no triste limbo
seca, cinza e horrorosa
Vê aquele animal?
Um dia teve sorte
abanando a cauda,
alegre e forte.
Hoje, expele dolorosos vermes
esperando a própria morte
Vê aquela construção?
Um dia foi admirada
retilínea, colorida
janela e porta cor de prata.
Hoje, abalada e vazia
entregue à cupim e barata
Vê aquele homem?
Um dia foi contente
hábil, musculoso
viril e atraente.
Hoje, acamado e febril
cheio de escaras, inconsciente
Vê o nosso mundo?
Um dia foi arejado
água limpa; solo rico
clima ameno e temperado.
Hoje é superaquecido,
poluído e desmatado
Vê como é o destino?
Um dia é otimismo
crença em contos
verdade mau contada
outrora é escuro abismo,
e o fim da linha revela o nada.
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