O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

terça-feira, 5 de março de 2019

OS AMARGOS HOMENS DE FARDA

Por: Edu  Planchêz 

O muro da vergonha, os muros da vergonha, a América, 
as América apodrecendo nas mãos dos que odeiam livros 
e pessoas, um fosso, uma fossa, no meio da mente, 
da alma dos governantes bestas 6666, idiotas maiores,
maiores que o insuficiente sistema de ensino

Os mortos-vivos, os que cospem pus, 
os que cospem caveiras porque são zumbis 
vagando sem alguma proposta
de valorizar o que nos ata as estrelas,
a dignidade, ao repeito...

Mas eles vão cair, serão agarrados pelas pernas,
o bicho trevas os levará para o sol da inteligência, 
para que ali ( aqui ) sejam incinerados
pelo perfume de Lorca embriagado de escuridões,
de enguias vivas que são vulcões libertários,
Franco passou, Lorca não passará,
eu não passarei, Diego El Khouri não passará

Minha poesia, sabe que nem mais os muros 
dos presídios funcionam, e aquele que constrói muros 
para isolar-se do outrem, 
não salvará nada nem ninguém
porque há em suas tripas o fedor da ganância,
da estupidez anacrônica, 
e o total desconhecimento do que é luz
por ser burro,  ávido  de lições primárias,
são eles, os acéfalos, 
os amargos homens de farda

domingo, 3 de março de 2019

DIEGO EL KHOURI, ME ESCUTE

Por: Edu Planchêz 

angustiado, eu o bastião da fé,
o que arranca as rolhas das garrafas de porcelana 
com as garras do olho da cara, 
com as garras do olho do cu

choro não e choro, mas não reclamo do tempo,
das algemas quebradas, dos pela-sacos desses dias,
dessas noites medievais, onde não sou o centro,
o sumo do limão siciliano 

eu antena de temporais
antenas da cara do gato,
da cara do cão, do lobo destruidor de presídios,
do bob dylan jim morrison 
múltiplo e único dessas pálidas páginas

e continuo sendo verme,
aracnídeo, crustáceo maldito por querer,
e eu quero, mais que quero porque sou cada vez mais desejo,.
portal aberto na fenda das vozes 

eu edu planchêz de tantas teias,
de tantas pertubações expostas latentes,
acho que sou livro,
instrumento distribuindo choques