O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Confissões de um canibal



Após tropeçar no corpo da minha última vítima e deixar pistas valiosas para a perícia me localizar, foi que decidi que devo comer todo o corpo das minhas próximas vítimas. Quando a carne é boa, vale lamber até os ossos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CMTC

As vezes paro, olho pro lado
e a única coisa que tenho
é a janela do ônibus.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CONFIRMADO COLETIVO ZINE 01

Já dizia Nietzsche: "O que não nos mata nos torna mais fortes". AINDA ESTAMOS VIVOS, então estamos cada vez mais empenhados na produção do Coletivo Zine 01!
Depois de obstáculos de todo tipo, desde a dificuldade de levantar um capital até o tempo perdido com gráficas canalhas, a espera finalmente acabou: ESTÁ CONFIRMADA A EDIÇÃO IMPRESSA DO COLETIVO ZINE 01.
A partir de Janeiro, o zine estará disponível aos interessados.
Isso é só o início. 2012 promete!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

GRÁFICA SE RECUSA A IMPRIMIR O COLETIVO ZINE

É isso mesmo! Nada é fácil para quem não se reprime e não tem medo de publicar o que vier na mente. O Coletivo Zine possui um conteúdo livre e sem censura, os participantes podem colaborar da forma como quiserem. Mas a liberdade de expressão assusta, e muito, os moralistas de todo tipo. A gráfica O Lutador, de Belo Horizonte, se recusou a imprimir o Coletivo Zine 01 quando viu seu conteúdo, julgando-o impróprio e contra os costumes deles (são evangélicos). Nos contatos mantidos até então, eles não fizeram nenhuma menção de que não aceitavam trabalhar com determinado tipo de produto. Profissionalismo zero!!!!
Com isso, o zine irá atrasar mais um pouco, agora com previsão de lançamento em dezembro. MAS VAI SAIR!!!! Porque são filhadaputices como essa que me dão certeza absoluta de que estamos no caminho certo e que o trabalho não pode parar!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

VERA FISCHER


(Por Diego El Khouri)


Vera Fischer sempre será bela
mesmo que suas entranhas ardam
vinagre e alho com catupiri.
Sua beleza é eterna como o vazio.

Assim a concebo na minha mente
ao lembrar de minha infância
quando as escondidas ligava a TV
para vê-la pelada na tela.

A mais bela das mais belas
estilizadas criaturas da mídia.
Seios e bunda e elegância.

Ser místico de um fascínio imponderável.
Com  a mão direita no desejo
lembro de minha infância horas a fio no banheiro.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Gato de rua

Vou comer toda a escassa carne que se prende às tuas duras espinhas.
Não se preocupe.....  vou jogar o rabo e a cabeça na rua para a felicidade das gatas vadias que te rondam e você finge não conhecer.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Puta que pariu!

 Me ví em um boteco, tocava boa música e só tinha gente jovem e bonita.
 Porra, gente jovem e bonita me irritava naquele instante, e cada gole daquela cerveja cara e da moda parecia chorume na goela!
  Uma menina sorria para mim toda hora, mas estava com um namoradinho que tinha cara de mimadinho! Foi ai que notei que aquele barzinho era de universiotários,e eu estava em uma praça de frente as faculdades particulares, que por sinal é repleta de pobretões fingindo serem ricos, mas rico mesmo era só o dono do bar!
  Um cara que estava sozinho perguntou se poderia sentar-se comigo, e eu disse em alto tom algo assim ''Claro, tudo bem! Mas não existe a minima possibilidade de me interessar por você!''
   Ele desistiu de sentar-se em minha companhia, e ainda disse que sou grossa e agressiva! Olha, sou não...Sou sincera! Prefiro ficar sozinha com essa cerveja e um cigarro, do que ter babacas comigo, porque de babaquices já bastam as minhas!
  Olhei para a mesa ao lado, e quatro rapazes com dentes na boca, e cabelos desgrenhados á moda estavam falando de comunismo, um deles de all star vermelho e uma camiseta do Che gritava: VIVA LA REVOLUCION! Enquanto ele dava goles na cerveja cara!
  Nessa hora eu pensei:PUTA QUE PARIU, O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI?
 Me levantei, e sai sem pagar!

(Anna Alchuffi)

domingo, 18 de setembro de 2011

NOVO PRAZO PARA COLETIVO ZINE 01

Atendendo a pedidos, vamos estender por mais um mês o prazo para quem quiser ser um distribuidor da 1ª edição do nosso zine e participar da produção da edição impressa.
O novo prazo é 15/10.
Interessados entrem em contato no nyhyw@yahoo.com.br.
Essa será a data final, depois disso lançaremos o zine de qualquer maneira, para nos dedicarmos a sua distribuição e preparação do n° 2.
è isso aí, vamos bagunçar !!!!

A PUTA VIRGEM


(Por Diego El Khouri)


Era noite. Uma noite como outra qualquer. O tempo transcorria rápido e o relógio dependurado na parede da sala batia como um soco n'alma.
As virgens sombras dos delírios recaiam sobre a morbidez ultrajante das janelas trancafiadas. O calor era intenso; as vozes apavoradas dos uivos que se seguiam na vasta escurdidão da noite tardia assustavam até mesmo os mais incrédulos, e o vinho era o último consolo na madrugada.
Saibam porém que nunca tive medo; tinha recostado no meu leito de marfim a meretriz dos insanos devaneios, e com ela inevitavelmente me perdia e vencia minhas inquietações dessa alma um tanto errante.
- Sugava de seus lábios a angústia e de seu ventre o enlevo e no seu branco seio me embebia de loucura.
Meu corpo estremecia exataldamente ao toque lascivo de luxúria, e todos problemas, remorsos e desafetos pareciam viver distantes, muito distantes de meu humilde aposento que agora fervia como fogo em brasa. Era a desconstrução tempestuosa da realidade.
Sobre seu corpo lívido mais um gozo externecia meu insaciável apetite que reclamava ferozmente a ausência do amor e assim... assim mesmo entre suas entranhas... eu dormi.
Uma fina chuva de outubro começara e nós dois (seres pequeninos, ridículos e mortais) descansávamos em nossos translúcidos devaneios, e o cheiro forte do sexo continuava impregnado em nosso corpo febril, mesmo quando o dia timidamente se aproximava.

Despertei...


Levantei da cama semi-nu; preparei o café, esquentei umas duas torradas, olhei as horas e percebi que ainda era muito cedo para trabalhar; fiz a barba, lavei meus músculos cansados, li o jornal, vesti a roupa, coloquei meus óculos que me davam um certo ar de intelectual; observei... admirei mais uma vez a forma nua e voluptuosa que ainda delirava em seus sonhos de rainha, e saí: "Ora, era preciso também ganhar dinheiro!"
Ao longo dos dias aquela desgraçada sutil beleza penetrava em meus pensamentos, e mesmo se quizesse afastá-la de minha cabeça a imposição inebriada de suas coxas era algo incontrolável.
Lembrava constantemente de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, e tentava arrancar do fundo de suas teorias a chave desse meu desejo compulsivo por aquela bela mulher. Sartre, Aristóteles, Epicuro, Emmanuel Kant... Nada! Filosofia nenhuma era capaz de explicar as loucuras que me levavam sempre ao seu encalço que muitas vezes era regido por uma repulsa interna e até um nojo estranho - o seu sexo "puro" de ninfeta e nauseabundo de puta me encantava, inconsciente, mas me encantava. E mesmo passado tantos anos, volta e meia me invande a mente o princípio de todo esse relacionamento cercado de mentiras, intrigas e prazeres escandalosos.
Tudo começou na noite de vinte e alguma coisa de... de... não, não em lembro exatamente o dia e muito menos o ano, lembro apenas que tal evento acontecra em meados de outubro a uns quinze anos atrás. A senhorita Desirré, famosa puta da vida boêmia de Paris que chegara há tempos no belo estado de Goiás, logo tratou de abrir seu "estabelecimento comercial" na capital, que tinha como melhor produto jóias raras: vagabundas de brio, grandes deusas do prazer. Logo a cafetina francesa me apresentou uma menininha que desde o início me chamou a atenção; a jovem se chamava Marisa, uma moça criada no interior de apenas vinte e um anos de idade. Era uma irresistível tentação para um homem que beirava os quarenta e cinco. A ninfeta exibia um corpo delicado, branco e puro como a aurora, seios fartos que pareciam derramar leite, olhos distintos e penetrantes, cabelos negros como a noite, lábios vermelhos que lembravam nitidamente a cor do epcado, nádegas volumosas e envolventes. Ah! Como ela me enlouquecia!
Foi necessário apenas uma noite longa de orgia para me sentir irremediavelmente preso a esta musa diabólica e cada dia mais, cada movimento erótico de seu corpo, cada beijo ardente, cada toque caudaloso em meu ser me levava lentamente à morte, mas não era uma morte física e sim moral (...). A partir daí não envolvi com mais ninguém... - Ah, que ironia!... Como uma garota frágil pôde bagunçar a vida de um coroa tão careta e experiente?!
Depois de meses nos encontrando naquele antro de perdição, Eu - um romântico energúmeno - a instalei no meu querido lar e pela primeira vez senti o gosto real do amor.
Ao seu lado eu me sentia no papel de uma criança desprotegida, usurpando palavras doces no ar, brincando de ser feliz. Ela era a minha mulherzinha.
Vivemos juntos lindos dias. Apesar do meu trabalho árduo e estressante eu encontrava forças para dar-lhe muito carinho. Embora nossa relação fosse baseada exclusivamente no sexo o meu desejo perambulava por áreas transcendentais e sublimes do paraíso. Ela era um anjo. Um doce de pessoa. Ah, ela era a minha namoradinha e eu a amava muito!
Certo dia resolvi sair mais cedo do escritório e chegar em casa para lhe fazer uma grata surpresa. Caminhava nas estradas azuis do meu coração rumo à felicidade, olhava atento ao caos que reinava a metrópole conturbada, enxergava a uma certa distância as crianças nas calçadas imundas pedindo esmola, mas nada me aborrecia e a cada segundo que me aproximava da minha querida dama o meu peito dançava freneticamente e a respiração por momentos, um tanto ofegante. A sensação de tê-la logo perto de meus lábios me alegrava. E depois de alguns (eternos minutos) eu... cheguei.
- Nossa! Até que enfim cheguei em casa... Amooorr...
- O-o quê...?
- Quem é esse barrigudo aí na porta, Camila??!
- C-C-Camila???! Marisaaa!!!!!


Aquela prostitura ordinária estava em minha cama se contorcendo nas voragens do amor com um rapazote desgraçado, eu podia ver os dentes dele cravado em suas costas que a pouco eram só minhas, podia ainda ver ouvir os gemidos saltando de sua boca ingênua, seu corpo se afogando no membro hermético do moleque, os dizeres tolos que provavelmente minhas orelhas de abano já tinham registrado, seu sexo fatigado com os movimentos ininterruptos do amor...


Louco, incontrolável com a cena que acabara de ver, apanhei rapidamente a arma que se insunuava sobre o criado-mudo do quarto, gritei mais uma vez, eu estava extremamente agitado, minhas mãos tremiam muito, o suor escorria da testa corria como um dilúvio bíblico, as lágrimas escapavam de meu rosto como o último desespero de um homem apaixonado, lancei meu olhar de fúria ao rapaz que ainda se encontrava nu sobre o meu leito contaminado e xinguei, xinguei, xinguei repetidas vezes àqueles dois bandidos.
Segurei o gatilho, ainda tremia muito, mirei no belo crânio da jovem meretriz, veio em minhas tristes memórias toda uma vida malfadada presa a uma indústria medíocre e sem graça. Marisa (ou Camila, não sei mais sua verdadeira identidade) gritava compulsivamente pedindo perdão, que nunca mais faria aquilo, que me amava muito, que eu era o homem de sua vida... essas besteiras que a gente só diz quando é pressionado a dizer.
Friamente apontei minha arma em cada parte de seu corpo lascivo, lembrei de nossas sublimes noites pornográficas, olhei ao redor do quarto escuro, saboreei cada lembrança ardente de nosso recente passado, guardei em mim cada parte quente de sua figura feminina: suas nádegas, entranhas, seios, boca, nuca... TUDO (!), tudo descompassadamente volitava em minha alma. Mirei novamente meu trinta e oito em sua face pálida, segurei o gatilho copiosamente e vagarosamente, bem... bem lentamente... fui apertando... apertando... apertando... apertando o gatilho... e dancei um tango!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

Cume

Por: Alexandre Mendes

Na Montanha Infinita, o passado enraizou.
Vista alegre, do alto do monte, céu azul e o coração batendo forte no meu peito.
Lá do alto, bem lá do alto, vi os dias e as noites passando lentamente, ano após ano...
Fogo, gelo, água e animais que nunca mais eu vi. Florestas e espécies humanóides...
Clãs que se unificaram através da mestiçagem, formando densas sociedades.
Poder, poder e poder, era tudo o que se pensava do outro lado do oceano.
Aqui, os nativos disputavam territórios, guerreavam. A organização social, no interior das tribos era bem definida. Os adultos trabalhavam no inicio do dia, as crianças brincavam.
Caçavam, pescavam, construiam aldeias e, no final do dia, descansavam...
Os filhos herdavam a sabedoria dos seus pais, como caçar, plantar, utilizar ervas medicinais etc.
Os povos gananciosos, do outro lado do oceano destruiram tudo isso!
Impuseram as suas regras, como o trabalho escravo indígena e posteriormente, dos nativos africanos, destruindo grande parte da cultura desses povos.  
O tempo passou e a idéia do acúmulo de capital enraizou.
Nunca chegou a ser passado. Meio ambiente e sociedades se adaptaram a idéia.
Uns com tudo, outros sem nada; assassinatos, expropriação e muita omissão.
Alienação...
Tudo isso eu vi nascer, lá do alto, bem lá do alto, da Montanha Infinita.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O latido dos cães (Produção Coletiva )




Parte I – Para Isabel  ( Por Cacau Cruz)

Eu desisti de você
Não me pergunte em que momento,
mas, acho que sei como foi.

Foi tentando encontrar motivos em suas frases vagas,
buscando pistas em suas charadas,
tentando decifrar o teu olhar... minha doce Isabel.

Eu desisti de você.
Você nunca me pediu para ficar
Sequer pensou em me ligar
Ou dar-me um espaço qualquer.

Fecha os olhos e me apaga da memória
Pois, não estou escrito na tua história
fui o beijo que não foi dado,
sou a lembrança de um adeus.


Parte II – Para quem me deixa ( Por Marcos Alves Lopes)

Apagar...
O que já me derreteu a memória
Também torturou meus dias noturnos
- É fácil ficar quando a carniça não fede!
- É fácil pensar com a cabeça na rede!

Meu falar torto é pena de viagem
(vadiagem)
Pro rio ou à puta que pariu

Mas, se não entende o latido dos cães
Vai, ou não me venha mais!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quais são as cores?

Azuis
amarelas
excitantes
e depressivas

assim são
as pilulas
que colorem
minha vida.

-No mais.


Acho lindo tudo o que venha demais:
Amizade demais
Café demais
Cigarros demais
Coca-cola demais
Amar demais e até,
Sofrer demais.

No mais, eu estou aqui
E não tem nada demais ou de mais.

(ANNA ALCHUFFI)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

COLETIVO 01 - JUNTANDO OS INVESTIMENTOS

Já estamos recolhendo as contribuições para a produção do zine impresso. Quem tiver interesse em investir entre em contato no nyhyw@yahoo.com.br .
O valor do investimento é livre, a partir de um mínimo de R$50. Cada R$2 investidos equivalerão a 1 exemplar.
Se tudo der certo, lançaremos o Coletivo até o meio de setembro.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ILEGALIDADE DOS FATOS


(Por Diego EL Khouri)

Minha língua na sua boca
enquanto o cansaço me consome
eu sinto diversas fomes
não só de comida vive o homem
ser coxa de frango
e torresmo barato
comida enlatada
na esquina de baixo
meu estômago infla
a inflação sobressai
quase não sai as palavras
vivo matando mil rimas...
isso sim é minha sina!
:matar sentimentos, histórias, meses, dias...
a iniqüidade do tempo me aniquila.

Tenho um cigarro na boca.
Vomito toda essa porra.
-- Se faço poemas? Sou mais um porco
emporcalhando os dias com meu desgosto.

Edifícios se fixam no mastro
o maço de cigarro do lado 
-- abstinência irrevogável--.
Ouço o canto do galo
o grito subalterno no pátio
a explosão dilacerante de um falo
e no meu encalço feito louco
um pit bull com asas de doido
me encurrala na privada.

Vocês não entendem!!!!!!!!!!!!!!!!!!
nem a trindade me absorve
vocês aí todos sentados
com essas caras de taxo
não percebem a poesia fluindo
é o canto da madrugada falida
o ventre exposto de crimes
a imobilidade existencial
ele falou comigo
o escravagista sangue-suga da realeza caduca
não posso sair
sou idiota de asas douradas
roubando a pílula sagrada
poesia reflete a minha alma
Marx me devolveu a madrugada
sou tolo egocêntrico sem senso de tempo.

Me sinto roubado, portanto sou ladrão
sem métrica e rima
sem beleza poética
apenas tô cagando essas grades aqui em volta de mim
limpem seus cús da mesmice filosófica platônica
mais Rimbauds na existência!!
mais sacanagem em ventres decentes!!

             L
           I
           B
               E
             R
                 D
                    A
                       D
                           E

nada  de mortandade
nossas crianças sem crime na carne
as fraturas expostas na alma
o amor acima da mediocridade.

Agora cá comigo,
não perceberam?!
Repito versos e versos e versos e palavras
numa ânsia de parecer papagaio e não gente.

Pio Vargas, poeta infame,
guerreiro do infinito,
vírus vanguardista,
deus sóbrio,
vem bebericar aqui comigo belos versos de Merda
aquela merda "marcosiana"
que senta em minha frente
e lê "pai nosso que estais no céu"
num nojo não dogmático.

Olvidaram o Ipiranga
nas plagas mágicas da cannabis.
Ela com o cabelo de fogo me paralisa no mato.
A erva entra e a fantasia sai.
Dentro da barba do Kaio todos poetas nascem.
Anna Alchuffi bebe na praça.
Todo o dia a pança incha sobre a triste vala.

Sem rima, cadência ou samba
sem o anel de bamba
a mulata e sua banha dança
dentro de minhas entranhas de dama
dança com um ritmo desumano.

Tenho útero, vocês sabem.
Diego EL Khouri, ursinho de pelúcia
da fábrica da delinquência.
Preso, assim me sinto, portanto estou.
A vida é ilegal
a poesia é ilegal
a camaradagem é ilegal
a desobediência é ilegal
a amizade é ilegal
a necessidade é ilegal
a virtude é ilegal
a sabedoria é ilegal
o conhecimento é ilegal
a cultura é ilegal
o respeito é ilegal
o corpo é ilegal
o pelo é ilegal
"Deus roubou meus sonhos!"

A minha barriga deformada
é história negada.
Acendo um cigarro na esquina de casa
vejo pernas, peitos, bundas, glandes, tíbias, fibras, vulvas, bocas mudas absurdas obtusas caladas safadas
lindas realidades
e o que sobrou?
A conversa fiada de manhã
trancafiada nesse louco afã
a ânsia de não ser são

               SER APENAS CÃO!!!


catarro amarelo no chão
fio dental preso no dente
na fome ritualística da fome poética.


Doce

Ser tão doce
quanto o açucar

que empretece os dentes
e mata de diabetes.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

COLETIVO 01 - VERSÃO IMPRESSA?

Está chegando o momento!!! O Coletivo Zine 01 está no forno, quase no ponto, já está cheirando bem...

Inicialmente, segue novamente link para download, pois fizemos algumas pequenas correções:
http://www.mediafire.com/?172xgm0gf3q7j2f

E agora, a grande questão: teremos ou não a versão impressa?

Como dito em post anterior, o ideal é juntarmos o montante de R$1000 para produzirmos uma boa tiragem a um preço unitário bem interessante. Como muitos se manifestaram interessados nesta proposta, peço que me enviem por mail - nyhyw@yahoo.com.br - ou postem aqui, quanto estão dispostos ou podem contribuir, até o dia 20/08.
Lembro que tal contribuição não é doação, quem contribuir receberá a quantidade equivalente de exemplares e poderá vender/distribuir da forma que desejar.

Então por enquanto estamos assim: fecharemos o zine em 20/08. Novamente peço que cada autor revise sua contribuição e informe até essa data se houver algum erro para corrigirmos. E os que se interessam pela versão impressa também se manifestem até lá.
A ideia assim é, no início de setembro, mandarmos o zine pra gráfica, se conseguirmos juntar um montante suficiente. E na sequência, finalmente o lançamento oficial.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Filhos do Gozo

Uma série de textos e texticulos sobre sexo em várias formas, conceitos e etc...Ainda não concluída.
       
          ( I )

Se eu existo, já fui porra
Somos filhos do gozo
Papai e mamãe se comendo em um banquete
Graças a deus quando era eu saindo
Mamãe não pagou boquete!

Agora eu estou aqui
No mundo de pessoas gozadas
Gozando, gozando, gozando!

Tenho pena é da mulher frígida
Tenho mais que dó do homem broxa
Eu admiro os gays versáteis
As lésbicas de orgasmos voláteis ( me incluo nessa)
Gosto de estar mole e estar rígida.

Tenho pena dos velhos que desistiram do sexo
Tenho profunda admiração pelas famosas'' lobas''
Mostrando aos ''jovens pentelhos''
Os segredos de uma boa boca,
Uma boa transação entre idades.

O fato é que com tanta moralidade e pecados
Depois da existência do inferno não agimos mais como animais
Sendo apenas carnais as escuras
Mas então o que dizer do exibicionista e do Voyer ?

Vamos gozar!
E esquecer de crueldade
Vamos rancar pelos púbicos nos dentes
Velas derretidas nas costas, na face...
Chicoteadas e palavrões....

Duas vaginas
Dois pênis
Uma vagina e três pênis
Uma vagina e um pênis
Dois pênis e um cuzinho
Um pênis e uma vagina...

(II)

Olhei seus olhos
Teus olhos olharam meu decote
Mas é assim mesmo que gosto e pode

Você olhou meu  sorriso e simpatia
Eu apenas apreciei  suas pernas,
Nos lambuzamos
Saliva e língua pelo corpo todo
Mostrando a doce melodia

Nas suas mãos ficaram o cheiro de vagina, cheiro de sexo
Nas minhas mãos, cheiro de mulher.

Meus lábios sugando seus seios
Meus seios na sua pequena e macia mão
Parece contra mão
Dois bichos fêmeas terem tanto tesão
GOZEI ,GOZEI, GOZEI, GOZEI

Como se agora não fossemos filhas do GOZO
Mas sim as mães de um antigo desejo de gozar
Nascendo, Crescendo
Humidificador de calçinha
Alimentando o que de outros é fantasia!

               (III)

Ela nunca havia sentido prazer sexual
As vezes ela fingia
E outras ela se sentia como uma boneca inflável
E inflamavel era sua raiva escondida entre o SIM ao marido
No final, ele acabou sendo seu único amigo.

      Ele morreu,
      Ela viúva!

Três filhos bem criados
E fotos dos netos no criado
A grandiosa TV de plasma que ganhou do filho médico
Era sua única companhia
Você precisa saber: Ela gostava do galã das sete
E agora vai começar a novela
Entre suas pernas, uma almofada velha
Que ela começou a esfregar timidamente entre as pernas na sua velha parte
Olhou o tal galã sem camisa
Sentiu euforia
Pela primeira vez: ELA GOZOU!
Dois dias depois,o neto a encontra morta
Com uma almoçada nas pernas!


(ANNA ALCHUFFI)