Por Alexandre Mendes
Não estava mais sentindo o chicote estalando em suas costas. Já faziam dois dias que estava amarrado naquela posição.
A dormência, provocada pelo cansaço, substituiu a sua dor.
- Cinquenta e quatro, cinquenta e cinco, cinq... - Contava em voz alta, o seu senhor.
- Chiuaf! Chiuaf! - Silvava a vara nas costas do cativo.
- Ocê num se meti a besta, nunca mais! - Dizia o carrasco, enquanto transpirava de cansaço.
- Setenta e um, setenta e dois, set... - Lembrou-se da Gâmbia, sua terra natal. Como deveriam estar seus pais? Como deveriam estar todos em sua tribo?
- Oitenta e três, oitenta e quatro, oit... - Seu senhor contava, enquanto montava no cavalo.
- Mama, mimi...nina... nyuma! Mama,...mimi...nina...nyuma! - Arquejou o jovem escravo.
Abriu os olhos e viu novamente a sua tribo, formada por todos aqueles que se foram, devido a ganância e a ignorância do homem branco.
Foi, então, que o seu senhor bateu as esporas no cavalo e sumiu no horizonte, vivendo o resto de sua vida feliz para sempre.
- Cinquenta e quatro, cinquenta e cinco, cinq... - Contava em voz alta, o seu senhor.
- Chiuaf! Chiuaf! - Silvava a vara nas costas do cativo.
- Ocê num se meti a besta, nunca mais! - Dizia o carrasco, enquanto transpirava de cansaço.
- Setenta e um, setenta e dois, set... - Lembrou-se da Gâmbia, sua terra natal. Como deveriam estar seus pais? Como deveriam estar todos em sua tribo?
- Oitenta e três, oitenta e quatro, oit... - Seu senhor contava, enquanto montava no cavalo.
- Mama, mimi...nina... nyuma! Mama,...mimi...nina...nyuma! - Arquejou o jovem escravo.
Abriu os olhos e viu novamente a sua tribo, formada por todos aqueles que se foram, devido a ganância e a ignorância do homem branco.
Foi, então, que o seu senhor bateu as esporas no cavalo e sumiu no horizonte, vivendo o resto de sua vida feliz para sempre.
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