O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

domingo, 30 de abril de 2017

Acaso (versão paralela)


Por: Fabio da Silva Barbosa

 Não estava mais sentindo o cassetete quebrando suas costelas. O spray de pimenta o cegou e estava cada vez mais difícil respirar. A dormência, provocada pelo cansaço, substituiu a sua dor. 


- Esses baderneiros... Filhos da puta... - Comentava o capital 


Os instrumentos eram utilizados sem o menor pudor. O som seco e surdo produzido era indescritível. - BADERNEIRO... FILHO DA PUTA... - Berrava, o agressor, enquanto descia o braço.


 Lembrou-se de sua família, do porque resolveu se envolver naquela manifestação. Será que conseguiriam impedir a desocupação? Para onde iriam todos de sua comunidade?


 - Esses baderneiros... Filhos da puta... - O capital cantarolava, enquanto olhava o noticiário da tv. 


- Por favor... Não... Por favor... Eu sou trabalhador... - Arquejou o jovem espancado. Abriu os olhos e viu novamente sua comunidade, formada por todos aqueles que se foram, devido a ganância e a ignorância do capital. 


Foi, então, que o senhor capital desligou a tv e encheu um copo de whisky, vivendo feliz para sempre.

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