O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

sábado, 22 de setembro de 2018

Guimba e a consciência Social


Por Fabio da Silva Barbosa

Nada surge do nada. As coisas, fatos e fatores possuem toda sua história. O menino rouba, mas ele não nasceu naquele momento, roubando.  Ele trabalhava duro como cobrador da combi que fazia a subida do morro. Chegava na porta de casa exausto e tinha de esperar sua mãe acabar de se “divertir” com algum bêbado que havia arrastado do forró. Sentava e ficava esperando ao lado da porta aquilo que poderia durar a noite toda. Muitas vezes, quando conseguia entrar no barraco de um cômodo, via o pouco dinheiro que tinha conseguido ser tomado por ela. Codinome: Cangaceira. Ambos possuíam muitas cicatrizes pelo corpo e pela alma. O frio batia forte até a porta abrir. Via as pernas bêbadas passarem ao seu lado e entrava de cabeça baixa. A panela vazia. Não existia banheiro ou janela. Se acomodava sobre os trapos em um canto, dividindo o espaço com a cadela que tinha como única amiga. O nome dela era magrela. Nem ele, nem Magrela, gostavam do cheiro de pedra quando a mãe tava fumando. O barraco ficava impregnado. Agora era linchado por uma multidão que o culpava por não ter consciência social. Morreu sem saber o que isso significava 
Nada surge do nada. Tudo tem um início, um meio e um fim.

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