O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

MIJO EM TEUS POEMAS QUE NEM SÃO POEMAS

Por: Edu Planchêz

Mijo sobre seus poemas que nada dizem,
mijo sobre a porcaria de vida que você nos propõe
Mijo em cada pingo de sol,
mijo em você

Cidade sem alma de pessoas opacas,
mundo calado sem o rumo das estrelas,
o que ainda faço em ti?

Homens calados, enrustido em suas casacas de escarro,
eu chamo os filhos do mato para roerem seus pés e mãos,
eu chamo a fada da neve e do fogo da terra para arrombar tuas portas egoístas,
eu chamo a víbora e o cão

Poesia, poeta que não incomoda não merece nem ser chamado de verme,
pois os vermes me dão mais sentidos que vossas cabeças tapadas,
feitas para o preconceito e Reis do dinheiro

O vagabundo aqui assina seu nome no coração desse mundo
com letras de sangue,
se aqui estou não para mergulhar no marasmo de vosso conformismo
Por isso mijo em teus poemas que nem são poemas

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

DILACERANTE

(Por Diego El Khouri)

relâmpagos dilacerantes / peles-almas
pelos eriçados na noite vulcão
pranto seco / mordida sem dentes
os dois joelhos cravados no chão
a loucura cada vez mais persistente...
estômago absorvido pela música,

ela dança


             - a música dança -

e em queda livre

a abraço

.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

INTENSIDADE NA CARNE (DA SÉRIE FETICHES)


Título: Intensidade na carne (da série fetiches)
Técnica: óleo s/ papel
Dimensões: 21 x 29,7 cm

Ano: 2016
Artista: Diego El Khouri


PODOLATRIA SÁDICA (DA SÉRIE FETICHES)


Título: Podolatria sádica (da série fetiches)
Técnica: óleo s/ papel
Dimensões: 21 x 29,7 cm

Ano: 2016
Artista: Diego El Khouri

terça-feira, 21 de novembro de 2017

QUARTO SUJO

Por: Diego El Khouri

cactos de prantos, pontes pequenas
fomes etéreas, flores azuis
                cidades submersas
no limbo ocular da imagem
na famigerada fome humana
cega sedentária da sociedade
na maquinaria calcificada da Morte
no balaústre cardíaco do coração
nas camadas soterradas do Amor
no azedume, na carne quente,
nos glóbulos, elétrons, elipses
(boca, cheiro, sexo, ventre)
nos dentes ruídos da miséria
no vem e vai dos corpos queixosos
carentes de ternura e carinho
num quarto sujo
"sem mulher, comida ou esperança"

no Ponto incrustado no Ponto
Ponto pressuposto no Ponto
o Ponto: algazarra de Pontos

prontos Pontos postos
frontais no raio
"no umbigo do furacão"
— lapso da erva 
une sainson enfer
os três inframundos
correntes sanguíneas 
folhas amassadas

no Ponto no Ponto
do Ponto da Vida
o beijo da Morte
(o sumo da Sina).

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

O menino

Por Fabio da Silva Barbosa

Sentado no canto escuro
o menino míngua invisível
Não pode ser lembrado
pois de fato
nunca existiu
Como um fogo no fim
vai sumindo
mesmo sem nunca ter sido visto
Tristeza
Sentimento corriqueiro
que já perdeu o sentido
A sujeira já não incomoda mais
Está cego, surdo
e babando 
As remelas grudam os olhos
A poeira gruda na pele
Os pés
já não são pés
As mãos
já não são mãos
Nas orelhas
apenas inflamações
A língua inchada
já não serve pra falar
Doente

nunca esteve são 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

ENTREVISTA DO ALEXANDRE MENDES NO FETOZINE

(Por Diego EL Khouri)


Alexandre Mendes é um artista completo. Além de poeta é contista, ensaísta, cartunista, historiador, ativista e fanzineiro. Tive a honra de conhecê-lo pessoalmente em dezembro de 2010 quando estive em Niterói (RJ). Uma alma simples e instigante que esbanja  desenvoltura criativa e intensidade de pensamento, porém humildade, apesar do grande conhecimento que esbanja. Na ânsia de devassar toda cultura alternativa e mostrar o que  está se produzindo de qualidade pelo país, entrevistei essa bomba atômica, a simplicidade dentro da complexidade de uma dinamite que expalha idéias  de luta social e independência intelectual.




“Historiador, operário e professor. Construiu a casa  com as próprias mãos. Adora ler Nietzsche e comer ovo frito.” Quem mais seriaAlexandre Mendes?

 Compreensão e desejo de mudança das estruturas vigentes dentro da civilização humana. Nem sempre o que parece ser correto e verdadeiro, realmente é. Uma transformação na forma de ver a sociedade é necessária, principalmente. O acúmulo de riquezas por poucos e a depredação da natureza são os problemas primários, gerados pelo fortalecimento do capitalismo. Mudar é preciso e dedico minha obra a propagação dessa idéia. 

Suas poesias, contos e cartuns nos mostram claramente sua indignação com a sociedade atual. De que forma a arte deve trabalhar para mudar essa realidade?

Ela tem o dever de conscientizar o povo de sua situação social, delineada pelos manipuladores da política e da economia mundial. É como eu sempre digo: o serviço manual não deveria ser tão desvalorizado. A mão-de-obra dos operários é o que verdadeiramente sustenta o sistema atual. 
A renascença foi a renovação das idéias caducas do feudalismo. Atualmente, quem precisa de uma nova arte (a qual possa trazer a renovação das idéias) é o sistema capitalista. 

Qual foi o boom que o levou para  a arte?

Quando criança, gostava de ler, escrever e desenhar. O que passei após a morte de minha mãe, isto é, a consequente inserção no mundo de verdade, sem a ajuda financeira de ninguém, foi o fator determinante.
A extrema opressão
A injustiça
O menosprezo
O fortalecimento dos estereótipos
A exclusão
O desemprego
A proibição do trabalho informal, facilitando a fome e a violência
Já experimentei um pouquinho de cada. Sinto que preciso passar as experiências que tive na vida para quem nunca pensou e nem viveu as tais. A má distribuição das coisas é pavorosa!


Você participou do fanzine O Berro junto com Fabio da Silva Barbosa e Winter Bastos. Fanzine esse que saiu em livro pela Editora Independente de Brasilia. O que o levou a abandonar o zine e quais os novos projetos que participa?

 Abandonei o Berro por sobrecarga de estudos da faculdade. Atualmente, busco trabalhar somente na área de educação e continuar produzindo arte, pois é a válvula de escape mais digna que eu encontrei na minha vida. Tenho o blog peresteca e alguns projetos de zines e quadrinhos que pretendo finalizar antes do fim do ano.



O fanzine Gambiarra que elaborou junto com Fabio da Silva Barbosa é uma obra prima, tanto pela temática quanto pela construção, todo feito manualmente, sem auxílio de computador. Há previsão de sair continuações?

O Gambiarra foi, para mim, uma obra bastante complexa, em termos de alcançar seus objetivos. Entretanto, já tenho outro zine aqui pronto e o lançarei em breve. Esse também é feito a mão, só que tem muito mais quadrinhos do que textos.


Dentro de sua construção artística , filosófica e visual onde se encontra o blog Peresteca?

O Peresteca é um lugar onde ainda exponho o que vem em minha mente, em dias difíceis ou memoráveis da minha vida. Preciso de uma válvula para despejar tudo o que penso e associo do mundo em que vivo. O Peresteca sou eu.

E seus cartuns?


A arte visual é poderosa e capaz de criar polêmicas. Infelizmente, investe-se muito em pouco nesse tipo de arte. Prezam a arte que traz o maior retorno financeiro. Algumas, não são nem dignas de serem chamadas de arte. Destroem a mente do povo.

Nos fale do seu início no mundo dos fanzines e porque ainda acreditar nessa arte ainda tão exclusa da grande mídia.

Comecei em 1993, aos 16 anos, com o fanzine "Terceiro Mundo- O submundo dos ratos", no qual já participavam meus velhos amigos de produção artística. O contato com o ideário anarquista punk e a relativa influência do conceito de liberdade do movimento hippie são meus pontos de partida para o que produzo. A arte do povo contemporâneo, excepcionalmente a arte dos mais simples, é a verdadeira arte que contará fielmente o que aconteceu por aqui, para possíveis futuras espécies.

Onde Nihildamus é Alexandre Mendes e onde Alexandre Mendes é Nihildamus?

Nihildamus é uma parte de mim que simboliza o fim de tudo. Cada vez que ocorre as experiências ruins, ele se fortalece. Negar a vida vivida sobre parâmetros sociais impostos, peregrinação pela pregação do nada e a solidão. As vezes, ele diz coisas que não fazem sentido para mim e luta para que eu aperte o botão do foda-se para a vida. As vezes fico preocupado com isso...






E o Coletivo Zine?

O Coletivo Zine é uma inteligente estratégia de integração artística dos zineiros, criada pelo Wagner Teixeira. Eu participo com muito orgulho. Uma iniciativa dessas não pode ser desprezada, jamais.


E o impresso das comunidades?

O IDC foi um trabalho que me deu muito prazer de desenvolver ao lado do Fabio Barbosa e apoio em geral. Gostaria um dia de voltar a desenvolver o informativo. Aliás, se eu pudesse só trabalhar nele e sobreviver disso, começaria agora.

Agora é a sua hora falar o  que quiser. Fale. Desabafe. Diga o que quiser.

Não assistam novelas e outros programas medíocres que possam atrofiar a mente de vocês.
Não creiam em uma pessoa, somente porque ela diz e faz algo durante anos que possa parecer bom.
Não creiam cegamente em tudo que lhe ensinam.
Não tenham medo de desafiar as eternas verdades do mundo.

///

* Entrevista retirada do blog Fetozine   ( http://fetozine.blogspot.com.br/ do artista plástico, poeta e cartunista Diego El khouri

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

amor ao fracasso

Vamos todos assistir ao nosso fracasso
Esse dedo podre (e longo) que aponta ao aquífero de coca, a coca preta de açúcar branco, ainda cairá...
No mundo vampirazado, repleto de úlceras herdadas, abertas, nossos filhos sobreviverão?!
Então, vamos celebrar o fracasso
Dos vales
De São Francisco
Dos montes, dos belos montes
Deixemos, pois, essa mão apodrecer Aplaudamos (com as mãos que ainda restam)
os dedos macabros ruírem
E as minas se acabarem
Num cabaré, quem sabe!,
Ou em versos
(Esse alimento dos desavisados!)
Porque de Mariana
Mesmo
Ninguém se lembrará!

domingo, 2 de julho de 2017

Coletânea Alexandre Mendes no CZ para download

Dando sequência à divulgação do legado de Alexandre Mendes, segue para download uma coletânea em formato PDF do material publicado nas três edições do Coletivo Zine, além de colaborações que aguardavam uma futura 4ª edição.

http://www.mediafire.com/file/6pg4l72rzowc6nc/CZ+alexandre+mendes.pdf

O arquivo pode ser visto também no nosso grupo no facebook:

https://www.facebook.com/groups/333871386651933/

quinta-feira, 25 de maio de 2017

O FILHO DA EXCLUSÃO

Por: Alexandre Mendes

(ao Diego El Khouri)

Artista desconhecido
o presente, presenteia-o
com o fogo dos céus do Olimpo
trazido por Prometeu
Não te aborreças por Heitor
e a Tróia fragilizada
desembainhe a sua espada
a peleja irá começar

Será belo o dia
em que todos os seres 
e também os não seres
decifrem as tragédias 
que contam em seus dizeres
palavras de sabor trazido das vinícolas
Baco pelo palco a rolar
contemporânea atitude maldita
Sofrer por amor, jamais odiar

Filho...Tu és filho da Exclusão
chinelo remendado de arame
blusa rota de furo sovaco
unha nua na ponta da meia
estômago de infinito buraco

Exclua o filho...
pois deve-se respeito ao pai
Atenas um minuto de silêncio
amor a sabedoria 
e nada mais.
--------------------------

domingo, 14 de maio de 2017

MÍNIMO

    Por: Alexandre Mendes

Lambe logo o meu chão,
meu escravo; desgraçado
Deixa tudo bem limpinho,
porque eu pago seu salário

Pega esponja e desinfeta,
fedorento sanitário
Deixa tudo bem cheiroso,
porque eu pago seu salário

Serve logo meu almoço,
tô com fome, ordinário
Quero ver o seu sorriso,
porque eu pago seu salário

Agora, compra meu cigarro,
não demora, meu lacaio
Quer ouvir um desaforo?
Porra, eu pago seu salário!

Te humilho com prazer
Quero você conformado
Nós nascemos para isso
e eu pago seu salário

TROPA DE ELITE

Por: Alexandre Mendes
-Opa, opa! Perdeu!- disse o policial que chegou sorrateiramente por trás do rapaz. - Fumando maconha na rua! Bonito! - E deu logo um cachação no pé da orelha do moço.
- Que isso! Peraí! É só uma pontinha. Estou chegando do serviço agora. Sou trabalhador. Não passa quase ninguém por essa rua, então decidi queimar aqui mesmo!
-HAHAHAHA! Ele falou que é trabalhador! - Disse o milico para o seu colega, que se aproximava com a pistola na mão.
- Trabalhador e maconheiro? Tu é vagabundo! - Gritou o soldado, enquanto golpeava o rapaz na barriga.
-Pô, eu sou servente de obra. Pode ver, minhas mãos são cheias de calos.- Murmurou o infrator, com a voz trêmula de medo. O segundo policial aproveitou as mãos estendidas do indivíduo e resolveu lhe dar um corretivo com o cacetete em suas palmas.
- Filho da puta! Só tem essa bagana? Cadê o bagulho?
- É só isso...- Olhos lacrimejando.- Só essa pontinha!
O policial que chegou primeiro fitou-o com os olhos vermelhos de ódio. Puxou uma trouxinha de cocaína do bolso e lhe disse:
-Ô seu mané! Isso aqui é seu e tu vai em cana.
-Não! Não! Por favor! Eu tenho uma filha pequena e...
- Tomá no cú! Não te perguntei nada!- Vociferou o soldado, dando-lhe mais um tapa na cara.- Meter você na cela dois. O xerife adora mulher magrinha! HEHEHEHE...
- Não... Espera, vamos negociar. Tô com o pagamento da semana aqui. Pode levar tudo. - Disse o servente de obra, já com a cara vermelha de tanto apanhar; face intumescida pelas lágrimas.
- Passa pra cá!- Ordenou um dos carrascos para a vítima.  Após a contagem do vencimento da semana do indivíduo, o policial argumentou truculentamente:
- Cem é pouco! Dá o relógio!
O rapaz tirou o relógio do pulso e, rapidamente, o entregou a autoridade presente. Pensava em nunca mais passar por aquilo em sua vida. Entrar para uma igreja evangélica. Usar Deus para esquecer sua miséria, ao invés do fumo proibido.
-Ô otário, tá vendo essa reta aqui? Te dou cinco segundos para sumir no horizonte. - Ordenou-lhe, um dos homens da lei.
O elemento não pensou duas vezes: Como uma flecha, sumiu na esquina.
Os policiais seguiram na direção contrária, dobraram a esquina e entraram na patrulha.
- Segura sessenta contos que eu te devia dez, lembra?
-Tranquilo... fica com o relógio, pois não gostei da cor e...estica logo essa farinha no espelho que eu tô cheio de sono!

GG ALLIN



Por: Alexandre Mendes

Vê aquela flor?
Um dia, ela foi rosa
perfumada, bonita
impávida e formosa.
Hoje, jaz no triste limbo
seca, cinza e horrorosa

Vê aquele animal?
Um dia teve sorte
abanando a cauda,
alegre e forte.
Hoje, expele dolorosos vermes
esperando a própria morte

Vê aquela construção?
Um dia foi admirada
retilínea, colorida
janela e porta cor de prata.
Hoje, abalada e vazia
entregue à cupim e barata

Vê aquele homem?
Um dia foi contente
hábil, musculoso
viril e atraente.
Hoje, acamado e febril
cheio de escaras, inconsciente

Vê o nosso mundo?
Um dia foi arejado
água limpa; solo rico
clima ameno e temperado.
Hoje é superaquecido,
poluído e desmatado

Vê como é o destino?
Um dia é otimismo
crença em contos
verdade mau contada
outrora é escuro abismo,
e o fim da linha revela o nada.

Tudo por uma Olimpíada


UM CARA



por Alexandre Mendes
.
Era um cara feliz

com seu empreguinho estável

bom esposo e pai amável

nada tinha a reclamar



possuía um Palio novo

virava a chave, sem problema

levava os filhos ao cinema

nada tinha a reclamar



Era um cara preocupado

jogou a carteira sobre a mesa

devido ao corte de despesa

sua esposa a reclamar



alguns meses sem trabalho

desempregado e com fome

sua mulher com outro homem

resolveu lhe abandonar



Era um cara quase triste

sem emprego, sem família

trancou a casa, pé na trilha

sua existência a lamentar



tentou ser forte 

e achou graça

trocou a honra por cachaça

e parou de reclamar



Era um cara desvairado

sem caminho ou direção

bebendo água de valão

debatendo com o ar



perdeu memória

perdeu a vida

correu pro meio da avenida

pra frente de um caminhão



Era um corpo destroçado

lá jazia o defunto

- Era só um vagabundo!

rabecão já vai chegar