Por Fabio da Silva Barbosa
Sentado no canto escuro
o menino míngua invisível
Não pode ser lembrado
pois de fato
nunca existiu
Como um fogo no fim
vai sumindo
mesmo sem nunca ter sido visto
Tristeza
Sentimento corriqueiro
que já perdeu o sentido
A sujeira já não incomoda mais
Está cego, surdo
e babando
As remelas grudam os olhos
A poeira gruda na pele
Os pés
já não são pés
As mãos
já não são mãos
Nas orelhas
apenas inflamações
A língua inchada
já não serve pra falar
Doente
nunca esteve são
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