Por: Fabio da Silva Barbosa
Acordei com a cama se mexendo e sentindo algo
estranho entre minhas pernas. Novamente dormi bêbada. Olhei discretamente as
mãos que apertavam meus peitos. Não dava para tirar grandes conclusões apenas
pelas mãos. Ainda mais no escuro. De qualquer forma, não parecia mão conhecida.
Merda... Lá vem o idiota beijando meu pescoço. Ai... Que dor de cabeça...
Melhor fechar os olhos para o infeliz não saber que estou acordada. Espera um
pouco... O que é isso nas minhas costas? Peitos? Olhei melhor para as mãos e,
mesmo naquela escuridão, pude perceber que estavam com as unhas pintadas.
Comecei a virar lentamente e me deparei com uma
linda mulher. Fui virando até me por de frente para ela. Senti seu pau saindo
de minha boceta. Era um pau enorme. Olhei bem para aquele rosto (assim que
desviei o olhar do cacete) e ela me beijou com calor. Depois de nos apertar e
esfregar durante um tempo, olhei no fundo de seus olhos e perguntei:
- Mas... Quem é você?
Ela me largou e se levantou de um salto. Pude ver
seu corpo por inteiro. Era o corpo feminino mais belo que já vi e nele se
balançava um pau maravilhoso.
- Como assim?... Você não lembra? Não sabe quem
sou?
Levantei a parte superior do meu corpo e tentei
segurar o membro que parecia me olhar. Ela se afastou, se cobrindo com uma
toalha que estava jogada por ali. Parecia uma donzela envergonhada. Fui me
arrastando até a borda da cama e sentei.
- Calma... Me desculpa... Mas o que aconteceu
ontem? Álcool? Drogas?
- Não acredito nisso. Cachorra!!! Vadia!!! –
Gritava, enquanto se arrumava.
- Por favor... Me entenda...
Ela acabou de se arrumar, já saindo pela porta. Os
seios siliconados ainda estavam a mostra quando saiu rosnando. Caí de costas na
cama e fiquei olhando para o teto.
- Quem será aquela criatura? ...
Apalpei uma carteira que estava abandonada no canto
da cama. Era uma carteira feminina. Dentro haviam alguns papéis com números
telefônicos anotados, algumas notas e um documento de identidade. Na foto, um
homem de bigodes estava a me olhar. No meio daquela expressão máscula, pude
reconhecer aquele rosto feminino que acabara de ir embora. Carlos Cleber
Carmindo, era o nome dela. Pela data de nascimento tinha 43, assim como eu.
Abri os braços deixando a carteira e o documento se
desprenderem de minhas mãos. Sempre gostei das minhas mãos. Achava que elas
eram perfeitas. Voltei a fitar o teto. Eu não fazia a menor idéia de onde era
aquele teto.
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