Por Fabio da Silva Barbosa
o homem de bronze
deitado na calçada
encostado na parede
no meio da sujeira
não desperta interesse
ou mera curiosidade
dos que passam apressados
restos desprezados
braços dobrados
pernas encolhidas
cada parte retorcida
em uma tensão pacífica
a chuva começa a cair
molhando o cadáver
que respira ofegante
em um bailar de pele e osso
Nenhum comentário:
Postar um comentário