Por Fabio da Silva Barbosda
é como um direto na cara
desfiando o desconforto
fedendo como um morto
no bolso nenhum troco
se os antigos poetas reclamavam
diziam que tava ruim
se lamentavam pelos cantos
viviam eterno pranto
imagina nesses tempos de merda
onde servem um prato de bosta
perguntam se tá bom
perguntam se você gosta
e a alienação agradece
levanta as mãos pro céu
aperta os olhos e faz a prece
nunca foi lembrado e sempre esquece
para podermos existir
será necessário lutar
não adianta implorar
não adianta rastejar
é como um soco no estômago
não curto receber ordem
não vejo o tal progresso
império retrocesso
e o pior está por vir
se não levantarmos e agir
com vontade intervir
o pior está por vir
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