O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

terça-feira, 28 de junho de 2011

SENTIR

(Por Diego El Khouri)

Olho nos teus olhos. sinto a viração embalar meus cabelos em desalinho. o mar que odeio molhar meu espírito em febre, a loucura banhar meu corpo e me abandonar como uma cristo negligente, — a vida sorrindo com o terço jogado no chão enlameado de sangue e volúpia. alguns dias perdido num mundo virtual. mundo do meu agrado. sombra e mormaço. tua fala mansa que mesmo sem ouvir entrava em minha alma. sentia deus e se ele existe era confortador. lembro de Kant. ah foda-se! se tem um martelo na mão por que filosofia? Nietzsche era um filósofo de armas e se escovava os dentes não sei. você em sua infinita gentileza lia meus textos e numa gentileza ainda maior ria deles e falava mau,caçoava,dava sua mais real opinião. você odeia poesia e eu odeio os poetas que usam calça comprida e sapato de camurça.vi ontem deus lavando sua bunda. era gorda e macia.e que bunda! há muito não defloro uma bunda assim! estava perdido denovo. esqueci os relatórios e o pit Bull que deflora minhas ações está ali comendo a escrava sexual do patrão. tremo de medo desse filho da puta cheio de pelos que atravanca meu caminho. e Ela. Ela denovo. estou na “net”. dialogo com ela. Ela odeia Jackson Pollock e diz que Saramago se vendeu antes de entregar a sua alma ao deus monetário. denovo esse deus onipotente com barba branca e ceroula verde. Entendi o que Ela quis dizer. não tenho estilo. o que tenho é um retrato mau acabado de uma história de prisões e marturbações nunca realizadas. ouço jazz. bebo muito vinho. Miles Davis enclausurado na rádio. Stravinsky vibra cortinas e corpos parecem se contorcer em todas as partes e ouço tudo: a vida se amando, os vizinhos se amando todos se amando e eu tomando café gelado espero uma nova aurora. o nome dela não interessa. é uma artista e isso não faz muito sentido... é uma buceta nua num mar de pelos atravancando meu caminho.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Programa Hora Macabra

FSB
Fala aí, camaradas
Estou montando um programa de som underground em uma rádio daqui de Niterói (RJ) e estou entrando em contato com todos para pedir material promocional e de divulgação para ser sorteado e divulgado durante o programa (cds, camisas, zines, dvds... enfim... o que tiver disponível).
Quem quiser aproveitar o canal para divulgar seu trabalho e ainda apoiar essa iniciativa é só entrar em contato pelo e-mail fsb1975@yahoo.com.br
Maiores detalhes: 
http://rebococaido.blogspot.com/2011/06/para-quem-curte-som-extremo.html
&
http://rebococaido.blogspot.com/2011/06/para-quem-curte-som-extremo-2.html

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pai nosso

Pai nosso que estais terra
Profanado seja vosso nome
vem a nós, nosso reino
Seja feita nossa vontade
Na terra ou em qualquer lugar

Os desejos voluptuosos nos dai hoje
Perdoai nossas crenças
Assim como fingimos acreditar em vós
Deixai-nos em plena tentação
Mas tirai-nos da mente a tola ideia do inferno


amém

amuletos de delírio



amigos
pais
cães - de infância
família desejada,
despejada de amarguras

amuletos de delírio
passatempo
de um homem, só
também menino

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Em- silêncio

às vezes as coisas que passam a gente não descobre o que é, apesar de toda a atenção que damos a elas. aprendi muito pouco, minha visão é ruim, só percebo o que não passa, o que se passa também, mas quando leio algo que foi escrito pra ou que serve pra mim, independentemente da minha vontade. mas como eu devo entender mal! como eu devo interpretar de forma risível aquilo que escrevo! sempre penso em algo ruim... Às vezes me perguntam: por que vc fica em silêncio? --Por quê?! Ora, esse é o lugar onde ficam aqueles que não sabem o que dizer; Que viveram uns instantes, e, é, pode até ser que ensinem algo, mas na verdade, olha, não aprenderam bosta nenhuma.

terça-feira, 21 de junho de 2011

NOTÍCIAS SOBRE O COLETIVO ZINE 01

Isso mesmo, galera, estamos quase lá. O Jackson Abacatu está montando a 1ª edição do nosso zine, e só falta fazermos uns ajustes para finalizarmos.O que já podemos adiantar é que ele terá 64 págs. Uma bela duma publicação. Conforme posts anteriores, o material que vai fazer parte desse número será aquele enviado via mail ou postado no blog até 15/04.
Agora então peço a todos para CONFIRMAR  SE HÁ INTERESSE EM CONTRIBUIR PARA A VERSÃO IMPRESSA.
A melhor opção de gráfica que encontramos foi a O Lutador, de Belo Horizonte, que faria 500 cópias em formatinho por R$ 1000. Se alguém souber de outra opção mais em conta, manda aí. Senão, esse valor é a nossa meta. É um bom preço, o custo de cada exemplar sairia por R$ 2, nada mau pro volume da parada. O valor de contribuição de cada um é livre, e cada um receberá uma quantidade de exemplares proporcional.
Quem então tiver interesse, confirme nesse post, para termos noção de quantos irão contribuir e se será realmente viável a versão impressa.
Outra possibilidade de arrecadar grana seria com anunciantes. Se alguém conhecer possíveis interessados nesse sentido, manda aí. Creio que seria viável anúncio na contra-capa.
O espaço está aberto para idéias e sugestões. Lembrem-se: este zine é nosso !!!!!!!!

domingo, 19 de junho de 2011

menino-home

quero ser mimado
nesse aniversário
com(o) café da manhã
tarde
noite
com(o) você

na sua cama
que há mais sexo que divã grego
quero deitar
comer, domir
me deleitar

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PAZuzu


Amuletos
são muletas
para a alma

PAZuzu
    zum...zum..

estou sem tempo
pra sentir uma brisa
curtir um (é)vento

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O que estava lá...

Segue aí um texto que merece constar no Coletivo, da carioca Cláudia Cruz. Quando ela mergulha no universo das palavras sempre sai coisa boa...

O que estava lá....



Não sei dizer o que estava lá.
Se era sombra porque não vi a luz?
Se era luz de onde veio?

Não sei por que estava lá,
Veio a convite, ou chegou mansinho?
Era só meu ou de mais alguém?

Não sei como explicar.
Não tinha legenda ou determinação.
Era real ou imaginação?

Não sei por onde começar.
Se não tem início, terá um fim?
Será pois eterno, eterno enfim?

Não sei o que era ou para onde ia.
Pura incerteza e determinação.
Não seria nada,  ou tudo seria então? 
 
 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Gozo Fúnebre

Mesmo sendo lido em livros putos
ou nesse blog de escroquerias - faço exigências!


É só um pedido
encarecida ordem
de alguém que jaz entre merdas, vermes, cabelos e dentes-sujos


Nesse dia feliz
de reintegração ao caos
leiam o gozo fúnebre solenemente

e cairá samba - a lapa fúnebre goiana


Nessa feita
deixe a poesia
de lábios lânguidos promíscuos
laber a face
os olhos
meu pau

Para a úlitma marcha
será registrado:
Do caos, só a MERDA restou!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Plinio Salgado´s


Plínio Salgados localiza seu Trailer no mercado!


Qualquer um: “Onde tiver feira, eu! Paro!”.


Ele vende uns salgados, mas o que lhe sustenta é o Carteado!

Caba safo! Filho de Caminhoneiro sua Mãe o criou em um Puteiro em São Bento do Juazeiro.

Pense em um caba presepero! Desde miudim provoca desespero!

Cabroche foi pego torando um burrego...

Caba Raparigueiro! Maconheiro! Mago! Feio!

Foi ele e o finado Malatesta! Que deram uma pisa no dono da Seresta!

Plínio cheio de cana criou um time de futebol AIB dizia ele que era um a sigla em Espanhol...

Aberrante, Infamante... Borrachos! Grita os Maloqueiros!

Vixe, teve uma vez já eram duas da madrugada! Quando sacudiu uma bomba na casa do padre! Que pagava dois pães doces para os moleques lhes pegarem as partes! Acuda! Ave Maria! Foi alvoroço! Foi uma bomba cordão feita por Zé Caroço! Ate o quadro com a inscrição: “deus, pátria e família” aos pedaços foi ao chão!

Madrinha Teresa ficou retada de mil novecentos e cacetada a inscrição era datada...

Prende! Prende! Prende! Esse Anarquista Safado! Bradava o soldado!

Vixe! Maria tu sabe como é! rapidim Plínio deu no Pé! Passou duas noites dirigindo e foi parar em Sapé!

“Macaco velho não trepa em galho podre”, dizia o Malandro em Sapé na Noite!

Foi em Alhandra que Plínio se encontrou, com um Pai de Santo ele se juntou...

Rei, eu vi! Ninguém contou, mei mundo de Amor! Eu vi, Plínio vestido de Bahiana e batendo xangô!


Úze D´popolle.

domingo, 12 de junho de 2011

Isaac Newton

Por: Alexandre Mendes

Dois amigos e o começar
sentados sob a copa de uma árvore
vendo o céu azul suave
e o sol a despontar
corre corre, correria
família, papelada
prova e monografia
encararam, na marra
Penso eu, pensa você
eles, também, assim pensaram
agora é mole, caminho largo
mas, na cabeça, eles tomaram
Sentados sob a copa de uma árvore
desfolhada pelo tempo
puseram as contas sobre o mármore:
Sonhos que voaram com o vento
Corremos, corremos
e acabamos por aqui
vendo o tempo passar
só nos resta sorrir...

peresteca.blogspot.com
mondelingegieskedenis.blogspot.com

CALA-TE DE VEZ! (RETRATO FILOSÓFICO DA POÉTICA DO VIVER)

(Por Diego El Khouri)

Acordar e dormir, simplesmente, é o cárcere na boca faminta da desordem. O que é belo e honroso pra vocês, pra mim fede. Tudo se transforma em acaso quando este, vestido de ignorância e impotência, sorri do marasmo.  Não acho graça em nada que esteja estritamente ligado ao material. É a única centelha que herdei de  Platão. Na constatação filosófica de Schopenhauer a arte opera como uma espécie de redenção e só nela reside a felicidade total. Fora dela o abismo é uma gorda madame nefasta que perambula nos bolsos do capital. Produzir arte para mim não é  a busca do “Retorno Financeiro”. Arte é domínio visual, psicológico e vivencial das práticas humanas que estejam ligadas ao que há de mais belo, puro e inefável da alma do ser interior. Sou livre quando me sinto parte de mim mesmo. A exclusão é aquilo que para mim se transformou em lugar comum. E o que é a arte? A fuga do lugar comum. Cada fanzine que produzo, cada quadro que pinto, cada conto que esboço, é mais importante do que qualquer coisa que eu faço. É meu “delirium tremens”, minha válvula de escape, meu delírio, meu orgasmo. A buceta nua beijando a boca de Deus. O amor em sua total plenitude.

Dormir se tornou capricho vulgar. A sensação de tranqüilidade (prazer fugaz) é uma história relegada ao passado. Nesses vinte e cinco anos de vida, cada segundo, cada minuto estive envolvido nessas coisas atemporais que muito prezo. Cada livro que leio, cada música que ouço, cada palavra que falo, cada bebida que bebo, cada pessoa que amo, cada pessoa que odeio, cada cigarro que fumo, cada sonho que desejo, é pensando e sentindo arte, esse elemento das faculdades humanas inerente as pessoas. “Tântalo na busca insaciável”. Assim me sinto. Disperso e perdido no mundo da restrição. Meu único compromisso é com a ARTE. Se algumas pessoas dizem que ela prejudica o resto das relações de minha vida, eu como artista irremediável, abandono tudo para dedicar com afinco as minhas obras. O homem nada mais é que o receptáculo da poesia. O profeta que perambula no desconhecido. Como Nietzsche nos revelou, o que vale é sentir tudo em total plenitude.  A escada flutuante dos sonhos. Que os ignorantes fiquem em sua pequenas moradias daltônicas, vivendo suas histórias de merda, bebendo suas bebidas chocas, fazendo suas barbas, cortando seus cabelos, escovando seus dentes, vendo suas novelas, ah, suas novelas,  a ventura exposta em cinismo.

A dominação tolhe os membros e corta os braços. Serei visto sempre como o enérgumeno molambento sem memória, que sacrifica as ações por fraqueza e se tornou o vagabundo das praças inauditas por estética compulsiva? Não... serei visto como o demônio e assim espero. Um foda-se pra tudo que é eterno e absoluto.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pais & Filhos



O espelho me revela o reflexo do fracasso e vejo por todos os lados escombros
dos tempos áureos!

...E nos olhos dos entes vejo a decepção sempre presente. Nas profundezas das infanto brincadeiras sinto toda tristeza das minhas Princesas!

Com o orgulho as avessas o primogênito me observa! Com um olhar de asco lhe abrigo a um abraço!


Úze D´popolle.

Cruzamento da Rui Carneiro (Bairro de São Jose)




Foi na briga de “nife” que todo coberto de sangue ele clamou : “Olha Ogum ta de ronda...”

E o Punhal novamente nele entrou, ele continuava: “Miguel esta chamando...”

Ébrio e ensangüentado corcoveava: “Eu não sei onde é,é,é,...”

Foi um descuido?

Foi azar?

Foi Fé!

O fato é que as tripas do seu desafeto estam nos seus pés!


Úze D´popolle.

Zk



Minhas varizes faciais mapeiam a hidrografia do meu rosto.
Esculpindo profundos Vales de Solidão e desgosto.
Minha pele seca e rachada com algumas tatuagens opaca não contam um décimo de minha saga.
A ausência de saúde dentes, músculos, me tornou um eremita, a espreita da estreita e sombria caverna da vida.
Sustento por grandes pés um corpo fraco,guenzo,debilitado...
Minha boca é uma caverna oca e cheia de germes, o meu bom dia tem cheiro de fezes.
Na garrafa vejo toda minha sina...
Solidão, Poesia e Ruína!
Meus olhos grandes e negros guardam letais segredos tendo a incrível capa cidade de mudar de cor, toda vez que barbaramente é atacado pelo amor.
Sentimento que me causa nojo!
Sinto repudio ao gozo!
Tenho nojo do cheiro do sexo, dos seus fluidos e objetos.
Assim como toda doença fulminante sou discreto.
As manchinhas da minha pele, tão bonitas escondem sua cancerosidade. Assim como aquele sinalzinho preto que você lambe também é um tumor.

Úze D´popolle.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

MERDA EM CAIXA ALTA




Nessa merda 
merda minúscula do cotidiano
sinto apenas o cheiro fétido
de bosta barrenta de terminais lotados - bueiros de gente
sinto o que nem sempre o nariz suporta

No ônibus vomitado
no caos insano do dia, a noite
na sala de aula entorpecida
professores que habitam montanhas dos séculos passados
no fogo cruzado
 guerra, bombeiros em greve
e a polí(t)cia goiana-carioca-brasileira - assassina

ah,
e os padres, pastores, monjes, professores
médiuns
sem remédios
sem cura
 nem nada

É em tudo, em mim
que floresce a MERDA!



marcosalveslopes.blogspot.com

segunda-feira, 6 de junho de 2011

VERMES NO SOVACO

 (Por Diego EL Khouri)

Enquanto ao cárcere do mundo me limito
em ser apenas um poeta cheio de vícios
me transfiguro, me humilho vendo
sujar minha face as sete chagas de Cristo.

Uma agonia traiçoeira dessas que invadem a alma
brotam no meu peito. Na bronha faleço.
Sei que nada vejo a não ser as chagas
que corroem minha alma, me xingam, me matam.

No mato solitário, com breu e sem cachorro
choro atrozmente como uma criança chora.
Dinheiro, emprego, família, tudo tenho.

Só a paz que não vejo faz tempo.
Numa necessidade filosófica passo horas a fio
dormindo em ventre desnutridos. 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

"A Razões que a própria Razão desconhece!"



Janis Joplin
Amigou-se com
Um Saci em
Barueri! S. Paulo
Mijou-se de tanto
Rir...
Foi Lampião o
Primeiro traveco
Do Sertão!
Beba com moderação!
Viva La Revolucion!
Sem governo!
Pela Auto Gestão!
Eram os Deuses Astronautas?
Take is easy my brother
doidão!

Sarava... Deus te Abençoe!
Assalamaleico! “Pá e bola...
Jacaré foi para escola!”
Sou Caboco visionário
Daqueles d´mei de feira
Es o Rato
E minhas Palavras a Ratoeira!
Kaya!
Pinga d´min...
Não pise na grama!
Você esta sendo filmado!
Noves fora quatro!
Visões de Ido
Macabeus Xangozeiro
Cabeleireiro Pistoleiro
Padeiro Ex-fuzileiro
Curtidor filho de
Dona Canô
Seu Avo matou
Abraham Lincoln

Vendo, Troco, Alugo, e
Administro!
No alto da cruz
Da igreja
Ela sentava
Suas madeixas
O chão tocava
...E perante uma fogueira
Já fiz tanta besteira
Porem só as estrelas
Podem-me caguetar!
Caô, bleuf, agá!
Hijo de Puta!
Vote Nulo e pá!
“Caô, caô a justiça chegou!”
Leão, Serpente, Bode!
Rapunzel primeira ministra
De Israel foi pega
No exame antidoping
Para coronel!

Vote Nulo aê!
Vote Nulo aê!
Obrigam-nos a votar!
Mas não a eleger!
Vote Nulo aê!
Vote Nulo aê!
Quanto o encanto
Quebra-se só
Resta o Tédio...
Você é meu caso!
Eu, sua casualidade!
“Malandro é Malandro!
E mane, é mane!”
Por novas formas
De Organização Social
Coisa & Tal
Lima e Barreto
São Cover de
Sidney Magal
O padre paga
Três pães doces
Para os meninos
Tocar-lhes as partes
Coríntios ... 10
S. Paulo... O
...E por falar
Em Paixão
Aceita ticket refeição?!


...e viva! Zeh Limeira
O Poeta do Absurdo!

úze.

( ... )



A Solidão carnal une a multidão...

Gritos teatrais encenam peças de relações carnais

Solidão faz seu ninho...

Multidão!


ùze D´popolle.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

AO CACHORRO MALDITO

Três posts abaixo, Diego El Khouri nos apresentou a palavra nervosa de Marcos Alves Lopes. Em complementação, vale registrar aqui também esse texto que o Diego publicou em seu blog.




AO CACHORRO MALDITO

(Por Diego EL Khouri)

(Ao Marcos Alves Lopes)

Da merda que Marcos fala
a merda pura
e concentrada
é merda real e abstrata
essa merda que ele fala.

Merda com feijãosinho preto
cagada em noites de luar
e desejo.
Merda com pedacinhos de milho
mastigada pelo seu próprio filho.

Merda que fala Poesia
aquela que ele chama  Vida.
Na chama que chamisca o dia
Merda pendurada
do lado de uma solitária pia.

Ó Merda que vos fala
ó Merda que ele fala
ó Merda que eu falo
semelhante ao meu falo.

Falo que não fala o que falo
que eu cago e cago na lata
cagar porçãosinhos de amor
do cú desabrochando a flor.

Merda assim merda assada
a Merda que o Marcos fala
é poesia abstrata
terreno profético dos dias
essa merda cantada.

Vazio

Por: Alexandre Mendes

Há um vazio no meu peito. Você se foi. Ainda lembro bem daquela carinha que você fazia quando estava com fome. Coisa fofa do papai...
Ano passado eu te dei uma boneca. Lembra, filha? É, você mereceu, pois tirou nota boa na escola.
E nos dias que saíamos com a mamãe, para fazer compras? Você pedia para o papai comprar sorvete de chocolate. Eu dizia que se você comesse mais sorvete, a sua bochecha ía ficar mais fofinha do que já estava. Filha... como é triste...como é triste...te ver assim, deitada no pequeno cômodo de madeira.
Filha...fiha...o dia não está sendo o mesmo, sem você. Penso em ir ao seu encontro...Sinto muito a sua falta.
Filha...filha...nada mais faz sentido
preciso de um ombro amigo
ou, então
deixe-me em paz
Não consigo entender a
penúria do meu ser
nua
crua
exposta
Tudo isso é uma bosta
 Por favor,
deixe-me em paz.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

zK II


Quando navego em min
Paisagens comuns
São Desertos
Naufrágios
E coisas assim...
Mar Morto!
Terra estéril!
Lugar onde
O principio
E o meio
São Ilusões
Necessárias para
O Fim!
Na Vazante
De minhas Marés
Entre Martírios
& Reveses presencio
O Eclipse d´minha alma
E com os restos de Quimeras
Banho meus pés!
A hidrografia do meu ser
Nos seus Rios, Riachos,
Lagos, deságuam no Oceano
Toda magoa d um ser
Que tem na Abiose sua
Forma de viver!


Úze D´popolle.