Por: Diego El Khouri
o esfacelamento do dia
se esboroa no toque sutil
de morte sentida
vermes suicidas
sombras noturnas
de peles esquálidas
carcomidas pelos cupins do tempo
quartos fechados
inundados pela quarentena
que esquartejam os passos
papéis amassados
finos traços de cigarros
ausentes de fumos
que elevam o orgasmo
sem marola, sem voz
garganta seca
trêmulas mãos de vagabundo
no subsolo da casa
janelas fechadas
banheiros imundos
de sêmen e solidão
punheta elétrica
sois fúnebres, divinos
milicos assassinos
— cabeça que não se move
ao perigo do tempo.
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