Por Fabio da Silva Barbosa
Hoje ela chegou com a bolsa cheia de calcinhas. Entrou no armazém e sorriu.
- Olha o que eu trouxe.
Era uma vendedora nata. Sempre sorridente, desconhecia o não. Usava de todos os argumentos. Por fim, quando não fazia a venda, saía com ar desanimado. Mas logo lançava um sorriso da porta e falava alguma coisa engraçada. Talvez tenha usado o último recurso e pelo menos garantia a próxima. Dessa vez ela apostara em um produto cujo público alvo não estava presente. Apenas homens com problemas de relacionamento empinando garrafas de cerveja.
- Estão novinhas, acabei de roubar na…
Ela se definia como descuidista. Um trabalho muito arriscado em todas as suas etapas.
- Dá uma força aí.
Cada palavra era dita de maneira cativante. Realmente uma figura curiosa e simpática.
Belas palavras.....inspiradoras.
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