O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.
domingo, 16 de dezembro de 2012
LUZ PENETRANTE
(Por Diego EL Khouri)
I
A visão pálida a vislumbrar todas as estrelas
brilhantes que rasgam o céu
mulher de pele desguarnecida
arrebol e nuvens que transam
penetrando cores e desenhos
sentinelas a perscrutar o frêmito
do tempo na alvorada reluzente
e pergunto a quem pode
corromper na resposta
todos os ensinamentos tolos da vida
e pergunto e não tenho saída
ébrio que bebe o mijo
dos antigos surrealistas
para mascarar a viagem
em dia e noite
o sol a brilhar a praia
espuma branca
e o cheiro da cannabis
que envolve e chama
e pergunto e não vejo saída
apenas a luz
de seu olhar penetrante
a forma como anda
e transparece uma malícia radiante
pura poesia boba
copo de cerveja pela metade
lábios unidos em volúpia
porre em noite enluarada
a solidão do quarto
e uma mijação sem parar que não acaba
por que olho e não reparo
as cicatrizes que desenham sua face?
caminho da praia sua casa
em todo bar e sarau te encontro
mas prefiro zonas vulgares
rainha alada, saiba que o poeta
nasceu para xingar-berrar-gritar
romper limites e barreiras
é o que eu tenho falado
e não veja em mim uma saída
nem me roube todo pecado
II
São olhos, olhos de intensa luz...
Brilho inefável que não cessa...
Um bocejo aqui e logo ali a janela
a suspirar lembranças de amor...
Uma gota de orvalho nas pétalas.
Tudo tem começo, meio, fim.
Comigo foi tudo muito rápido enfim.
Pássaro sem asas caído por aí
jogando-se em becos e bares
bebendo até a última gota do barril.
Comigo foi tudo muito rápido sim.
Muito rápido enfim.
Tudo muito rápido sim.
Muito rápido enfim.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
POEMA ESCRITO E DECLAMADO POR DIEGO EL KHOURI E NO VIOLÃO IVAN SILVA
DOUGLAS HONÓRIO HIPPIE
(Por Diego EL Khouri)
douglas bêbado atravessa a esquina
seus olhos se escurecem na avenida
douglas sóbrio toma estre-quinina
seus olhos se entorpecem na clínica
douglas católico reza na latrina
seus olhos atravessam a avenida
douglas católico reza na latrina
seus olhos atravessam a avenida
douglas monódico anda sozinho
seus olhos não enxergam um amigo
douglas honório mora sozinho
seus olhos aprisionam o abrigo
douglas menino vive perdido
seus olhos no amor tem se esquecido
douglas honório bêbado na esquina
seus olhos nbão reconhecem a avenida
douglas farofeiro invade as esquinas
seus olhos protegem a mochila
douglas hippie está com larica
seus olhos procuram muita comida
douglas hippie está com labirintite
seus olhos não tem mais vinte
douglas hippie está na velhice
seus olhos parecem dois alpistes
douglas bêbado toma a sua pinga
seus olhos na cachaça se abrigam
douglas no flower power insiste
seus olhos no amor ainda persistem
douglas hippie atravessa a esquina
seus olhos se escurecem na avenida
douglas hippie estatelado na esquina
seus olhos enxergam o carro em cima
douglas hippie perdeu sua vida
seus olhos embrulham toda a utopia.
douglas bêbado atravessa a esquina
seus olhos se escurecem na avenida
douglas sóbrio toma estre-quinina
seus olhos se entorpecem na clínica
douglas católico reza na latrina
seus olhos atravessam a avenida
douglas católico reza na latrina
seus olhos atravessam a avenida
douglas monódico anda sozinho
seus olhos não enxergam um amigo
douglas honório mora sozinho
seus olhos aprisionam o abrigo
douglas menino vive perdido
seus olhos no amor tem se esquecido
douglas honório bêbado na esquina
seus olhos nbão reconhecem a avenida
douglas farofeiro invade as esquinas
seus olhos protegem a mochila
douglas hippie está com larica
seus olhos procuram muita comida
douglas hippie está com labirintite
seus olhos não tem mais vinte
douglas hippie está na velhice
seus olhos parecem dois alpistes
douglas bêbado toma a sua pinga
seus olhos na cachaça se abrigam
douglas no flower power insiste
seus olhos no amor ainda persistem
douglas hippie atravessa a esquina
seus olhos se escurecem na avenida
douglas hippie estatelado na esquina
seus olhos enxergam o carro em cima
douglas hippie perdeu sua vida
seus olhos embrulham toda a utopia.
Assinar:
Postagens (Atom)