O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
BODISATVA SAFADO
(Por Diego EL Khouri)
I
E que ninguém ouse frear essa língua! Que as sete pragas venham por sobre a cabeça de quem o tentar!
Alexandre Mendes
Alexandre Mendes
Nasci torto
desgarrado
filho errado
poeta embriagado
bodisatva safado
demônio enjaulado
o hermético soldado
perante grades malfadadas
perante grades malfadadas
um siso ferido carcomido
nas geleiras polares
cristo perdido e sozinho
sem um único amigo ou vizinho
querem ver-me aprisionado
aqueles que me tem carinho
mas quem me levou
a terra dos ordinários
só pode querer ver-me
aprisionado
anjo errado
desgarrado
imaculado
deus torto
louco
embriagado.
II
Nada como voltar e ainda encontrar os pedaços.
Ivan Silva
carrego em mim
todos os sofismas humanos
todos os vícios inconfessáveis
todas as chagas sentidas
todos os sonhos inefáveis
um olhar que não se fecha
à luz que não vem
becos imundos também
não posso ficar só
a convulsão da noite me maltrata
sou
só
Armagedom inevitável
que a poesia cria
"bendito é o fruto
do vosso ventre"
que cospe rajadas de inferno
amém
chuá chuá chuá chuá
mar mar mar mar
me enrolo em seus cabelos
em qualquer beco
avenida anhanguera e jacarepaguá
sou pedra no sapato
bodisatva safado
arcanjo e diabo
a nota imunda na mão do otário
a poesia sem conteúdo
pois falta pecado
sou a vida enfraquecida
na morte cheia de agonia
um bêbado alegre e querido
amando mulheres lindas
perdidas em algumas clínicas, delegacias
ou escondidas atrás da bíblia
ou em algum emprego vazio
às margens do abismo
aqui portanto mais um capítulo
do diário perdido
num botequim qualquer
do meu brasil.
Ivan Silva
carrego em mim
todos os sofismas humanos
todos os vícios inconfessáveis
todas as chagas sentidas
todos os sonhos inefáveis
um olhar que não se fecha
à luz que não vem
becos imundos também
não posso ficar só
a convulsão da noite me maltrata
sou
só
Armagedom inevitável
que a poesia cria
"bendito é o fruto
do vosso ventre"
que cospe rajadas de inferno
amém
chuá chuá chuá chuá
mar mar mar mar
me enrolo em seus cabelos
em qualquer beco
avenida anhanguera e jacarepaguá
sou pedra no sapato
bodisatva safado
arcanjo e diabo
a nota imunda na mão do otário
a poesia sem conteúdo
pois falta pecado
sou a vida enfraquecida
na morte cheia de agonia
um bêbado alegre e querido
amando mulheres lindas
perdidas em algumas clínicas, delegacias
ou escondidas atrás da bíblia
ou em algum emprego vazio
às margens do abismo
aqui portanto mais um capítulo
do diário perdido
num botequim qualquer
do meu brasil.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
"O inquisidor"
O inquisidor
A Inquisição mata
O inquisidor mata
O inquisidor sorrir
O riso do escárnio!
O inquisidor não se preocupa
O inquisidor apenas ordena
O inquisidor e o Papa
O inquisidor e o Papa mata!
Mentalidade irracional
O inquisidor mata
Em nome da Bíblia
Em nome de uma fé cega
Controla o rebanho
O inquisidor e o Papa!
Ilustração "O inquisidor" nanquim n° 04 F/A4
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