O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O face vicia

As crianças sempre perguntam as coisas... ( O face deixa viciado!)

O caos em mim

De olhos fechados e ainda vejo
O caos dentro de mim sorrir
Como quem pede mais uma dose
Já até deixei de tentar entender

Apenas prosigo num delírio
É tantas horas da madrugada
Lembranças me atacam o tempo todo
Já nem consigo sorrir como antes

Estive me prostituindo
Com a insanidade que me grita do abismo
Não é apenas um sonho, Ícaro sem asas!

Morrendo afogado dentro de mim
Vejo uma luz que não virá
Fico sozinho, largado e vazio...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

JAJÁ FELIX

Mais um artista se junta à turma. Jajá Felix mostra seu trabalho. Mais ilustrações dele podem ser vistas em http://www.flickr.com/photos/jarlanfelix .




segunda-feira, 20 de agosto de 2012

THC

As drogas estão aí... e quem nunca experimentou (teve com certeza vontade) " Faça o que tu queres pois é tudo da lei..."

Revoltas

Encarcerado na angústia
O presente me deprime
A falsidade me agride
O cristianismo me revolta!

Uma ferida eterna na alma
O suicídio constante na cabeça
Olho pra todos os lados
É sempre o mesmo Dejà vu

Cercado pela solidão da vida
Habitando um esqueleto como casa
Detruindo alguns sentimentos

Apenas grito na minha cara
Cada vez mais me convenço
Tão descartável como tantos!  

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Diagnostico.

A azia é sintoma de burguesia, sofre-se mais dessa doença quem não é burguês. Os infectados pela burguesia sugam os outros para manter bem vivos os teus vírus. É um estado de dependência total.
A azia pode ser gastrite, que pode virar úlcera, que pode virar câncer. O coitado do sugado sente em cada lotação a dança frenética das motocicletas cortando os carros . Seu corpo é privado, os sonhos mutilados. Um coração vazio. Uma mente cozida, um corpo que ainda deseja ser sadio.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

NATÁLIA MASTRELA

Mais artista de Goiânia dando sua contribuição ao Coletivo Zine, a ilustradora e designer  Natália Mastrela. Segue-se alguns de seus belos trabalhos:









sexta-feira, 10 de agosto de 2012

INFÂNCIA

(Por Diego EL Khouri)

Lençóis na cama
janela dourada
paredes brancas
de um veludo que encanta...

Colchão limpo
roupas no varal
o beijo na face
na manhã dominical...

O sonho de outrora
nos braços de agora
que se ergue e se move
na densidade afora...

barulho de meninas
límpidas como haxixe
onde a beleza marca o rosto
na volúpia que não vistes.

Na fronte que o peito chora
beijo que morde e cora
há uma agonia que sofre
ao lembrar da inútil ordem.

Vales no campo do quarto
nudez na parte contrária
sombras que emergem do nada
na infância imaculada.

Infância de um tempo perdido
sentida na fome cortada
ainda havia beleza
mesmo que uma beleza toda errada.

Fotografia olhada de esgueio
fraticida momento de sonho
cheiro de bolo corrói a fome
estraçalha, seduz e some.

Aos "tabernáculos da fé"
que o vício devora e conduz
há portas fechadas que se esmeram no acaso
a ponto de cessar toda a luz.

Por isso devoro o Agora
na dança vulgar da memória
divertindo a formidável Morte
como meretriz, como deus, como sorte.

Cicatrizes na barriga violentada
arcanjos submissos ao Nada
ontem como anjo vil sem lei
bebi toda bebida roubada.

Agora só sem memória sem passado
a infância me foi outorgada
não tive nenhum amigo
que libertasse essa alma aprisionada.

Agora só sem memória sem passado
o medo me foi usurpado
falo do meu tempo, dos meus vícios
das paredes que me foram mostradas.

Agora só sem memória sem passado
tenho na bílis os venenos mais tóxicos
na face o sorriso mais mórbido
e na alma um deus vomitado.

Amores eu tive, alguns eu fingi
e tudo vai se clareando
na correnteza sutil
que o pensamento vai levando.

Agora só sem memória sem passado
o que eu vi não está errado
era sim um menino inventivo
que se violentava em seu delírio.

Era sim um menino cheio de chagas
no deserto sujo da alma

colhendo os dejetos da alma
colhendo os dejetos da alma
comendo as fezes da alma
molestando o ventre da alma
perdendo a essência da alma
brincando no eterno da alma
sonhando a liberdade da alma
tendo no efêmero da calma
a certeza que o universo caminha sem passos.

Esse é o deserto da alma
e os lençóis que se evaporam no Saara
há janelas douradas
"que sempre voltam para casa".

Há Maomé de joelhos
enganando uma nação abastada
crianças na praça a gritar
não sabem que a felicidade é um peito aberto a gritar.

E EU GRITO EU GRITO EU GRITO!!!!
o último apelo dos vícios
não me limito ao abismo
antes ser deus do que ser faminto.

EU GRITO EU GRITO EU GRITO!!!!
a nudez se despe de cinismo.

O último apelo ao amigo
: deixa eu cravar em ti
essa minha melancolia!
Deixa eu ser pra ti
o anjo que se aniquila!

Lençóis na cama
janelas douradas
paredes brancas
roupas no varal
o beijo na face...
... enfim
a infância foi encontrada...