(Por Diego EL Khouri)
Como sempre atrasado. Corria de um lado ao outro tentando me direcionar. Ela não ia esperar muito tempo pelo pouco que a conheço. Ameaçava uma chuva tímida. Aquelas chuvas que só aparecem de quando em quando para atravancar nosso caminho. Ela deve estar na segunda garrafa de cerveja olhando ao redor. Daqui a pouco irá se interessar pelo primeiro camarada que lhe sorrir e lhe apontar a atenção ao seu belo carro de uma marca cara entupido de som. Um filho da puta com certeza sem neurônios. Esse tipo comum que agrada as mulheres, principalmente aquelas que bancam de intelectual. Ela é uma intelectual de fato. Daquelas que não usam batom e não penteiam o cabelo. Mas é bela. Toma banho todos os dias e mesmo sendo a exposição nua e crua de uma bárbara ela é bela. E que lábios e que boca e que olhos! A minha noção de bárbaro se deve a minha infância num interior vagabundo de Goiás. Lia e lia e relia e me escondia nas história espetaculares dos livros de fantasia. Eu era estranho. Me sentia só e desajustado. O único da sala que não praticava esportes e não tinha cabelo no saco. Isso era terrível e inaceitável naquele ambiente tão inóspito para mim. A única coisa de grande que tinha era meu nariz e meu pau. Mas e daí?! este último ninguém via. Não sabia ainda usá-lo de forma correta. Um bárbaro não entende nada. Não escuta nada.Apenas sua voz interior. Aquela voz que para alguns seria deus e pra outros o demônio. O bárbaro é um alienado de marca maior. Não se agrega a nada nem a ninguém. Muito menos a Deus ou o acaso. É vítima das injustiças do mundo, alheio a esportes e odeia tomar banho. Quando gosta de esportes pratica sozinho em total solidão. As pessoas não querem um perdedor no seu time. A cafeína é indispensável. Um bárbaro não pode dormir. Precisa primeiro ligar o rádio e ouvir aquilo que ninguém ouve. O abismo sem pelos e sem contornos e sem marca de sol. O abismo sem cabelos compridos e sem uma boca carnuda e vermelha e sem seios que saltem do roupão entreaberto insinuando uma volúpia que é a imagem exata da Morte. Agora me lembro do réquiem de Beethoven. Isso se data de minha infância. A infância sempre. Eu chamaria de inferno de Dante. Cada nota parece um adeus. Cada parte da melodia um mergulho na inconsciência. Um desvio da mente.
“Merda! Esse ônibus não passa logo!” Saí do meu serviço mais tarde do que o previsto. Sempre esse emprego pra me foder. Se esse emprego fosse pelo menos uma mulher linda, aliás nem precisava ser linda, bastava ter dente, iria fodê-la com toda a fúria que esse jovem bárbaro é capaz. Beleza! O “maledeto” está vindo. Pronto. Acabei de passar na catraca. Dois bancos vazios?!!! Isso é coisa rara. Melhor me acomodar logo. Que barulheira é essa?! Ai ai ai! Porque o povo não entra logo nessa porra de ônibus?!!! Sempre algo vem e me atrapalha. Será que deus é argentino? Não. Se fosse argentino ele já teria me matado. E quem disse que eu não estou morto? Com esse problema todo de flatulência que trago comigo... herdei da minha vó. Ela peidava muito! Parecia um exército todo destruindo bases rivais. É. E começou a merda toda! Sou ansioso pra caramba! Isso me leva ao famoso peidoril. Sempre busco me conter. Aprendi ao longo dos anos a controlar um pouco esse meu defeito de fábrica. É só não mexer. Ficar quietinho, em silêncio, inaudível... mas por que essa gostosa tinha que sentar justo do meu lado? Deixa eu mudar a pergunta. Por que esse banco vazio aqui do lado? Caralho! Descobri! Eureca! Deus é argentino!!!
Viva a Argentina!! Sem ela eu não teria vontade de peidar!! A peituda do meu lado sorriu para mim. Ela tirou da cara seu Ray-ban que mais parecia o óculos do Kamen Rider. O cabelo dela é de um loiro intenso e seus lábios de um vermelho escarlate mais vermelho que o coração desse rapaz aqui passional. Mais um sorriso. Não devolvi. Permaneci sem mexer com uma puta vontade de peidar. Meu organismo todo tremia. Um movimento simples poderia ser fatal. Deixa eu desviar meus pensamentos. Deixa eu lembrar de algo. Hum... aquela festa que entrei sem ser convidado. Cerveja demais. Mulher demais. Viado demais. Puta demais. Bêbados demais. Em qual desses me agrego? Talvez bêbado demais. Estava algumas doses alterado e alguns dias que eu não fodia. Uma seca desgraçada. Nesse local nada de Beethoven, Stravinsky ou Vivaldi. Era só a nata da música brasileira. Os bregas dos bregas. Mas o que é brega senão isso?A noção sem graça e eterna da lucidez? Lembro muito bem dessa noite. Eu sempre depois de tomar umas me vem aquela vontade insana de mijar. Eu mijo mais que bebo. Apesar que bebo muito também. É um casamento que estipulei na minha vida. Certa noite (eu tinha uns dezessete anos de idade) eu apresentei meu mijo a cerveja. “Mijo, essa é a cerveja. Cerveja, esse é o mijo. E seja o que deus quiser!” aquela festa. Ahhh... Eu no banheiro dando aquela urinada gostosa e ao me voltar para trás para sair daquele banheiro fedorento (tinha bosta até no teto, não me pergunte como) eu vi um negão musculoso de uns dois metros de altura. “E aí rapaz, tira o pau pra fora! Eu vou chupar!” ele meteu aquela sua mão enorme cheia de calos e unhas e esmalte vermelho bem no meu saco. Se fosse a menina sentada do meu lado com certeza ia ficar de pau duro. Mas não. Tinha que ser um negão enorme e musculoso com um shortinho ridículo e careca com um batom super vermelho! Beleza. Tinha duas opções. Abrir o zíper, por meu pau pra fora, deixar ele duro e assim ele chupar pra me deixar em paz. Mas não ia dar certo. Ia broxar. Me desculpem não sou máquina. Eu custo a ficar de pau duro até com algumas mulheres. E não venham culpar o álcool por isso. A culpada é essas desgraçadas sutis belezas que não se preocupam em se lavar e acham que temos que permanecer com tesão muito tempo ou até mesmo fingir o tesão que para nós homens é algo impossível. Às vezes penso se o homem fingisse orgasmo como as mulheres ia ser tudo mais fácil . Tá. Isso é escolha pessoal. Vamos voltar ao negão viado. (Preciso não peidar. Pelo menos nesse “buzu” ao lado dessa linda mulher.) A mão dele no meu saco. buceta! Ele acha que vou ficar excitado agarrando meu pau desse jeito?!! O máximo que pode acontecer é quebrar o dito cujo. Eu o empurrei e sai correndo. Os seguranças me viram e me pegaram. Fui expulso da festa a chutes, pontapés e xingos. O negão era o anfitrião da festa. Fico pensando... se eu o tivesse deixado dar uma chupadinha, uma simples chupadinha, quem sabe eu poderia ficar de boa na festa até amanhecer e beber e comer de graça a noite toda. Quando a gente é jovem é bobo. Não aproveita as oportunidades. O meu peido está fazendo zigue-zague dentro de mim. Aprendi isso na quarta série. Eu uso o poder da mente e um leve movimento de quadril quase imperceptível e o peido desce batendo nas paredes do estômago e saí de mansinho, de arsinho. O único foda é que fede muito mais do que aqueles rojões, mas como sou expert em peido sei me livrar disso. É só começar a ficar indignado com as pessoas ao redor e meter o pau em quem peidou. Isso sempre deu certo. Mas nunca antes uma gostosa ficava me encarando com lascívia no momento que eu precisava dar aquela baforadinha. Pronto. Mexer devagarzinho. Lembrar de lambada. Quase uma dança. Só que mais devagar. Bem lentamente. Quase parando. Um pra cá. Um pra lá. Um pra lá. Um pra cá. 1 e 2. 2 e 1. 1 e 2. 1 e 1. Buraco, cratera e o caralho!!!!!!!!!!!!!!! PUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PUTA QUE PARIU!!! QUE PEIDO E QUE BURACO DESGRAÇADO. QUE MOTORISTA DESGRAÇADO! QUE VIDA MAIS FILHA DA PUTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Acho que foi o peido mais estrondoso dos últimos cem anos na história mundial. Lembrou muito Pavarotti, só que um Pavarotti desafinado pra cacete. Olhei pra ninfeta de soslaio. O sol batia em seus cabelos dando um dourado mais intenso do que nunca. Sua boca era a volúpia real e seus seios sem mácula vestidos de uma nudez quase eterna e seus seios... Ah que seios! Que lindo seios! Que seios deliciosos! Eu estava mais vermelho que uma maçã. Fiquei uns 5 minutos sem olhar no rosto dela. E o povo puto da vida me chamando de sem educação. “A culpa foi do buraco seus estúpidos!” Em outra ocasião eu até poderia reagir. Mas ali não. Eu desejava ardentemente a rainha do meu delírio. Uma mulher nunca chuparia o pau de um cara que peida em público. Ela pensaria assim: “se ele peida sem nenhum pudor no meio das pessoas pensa o que fará na cama entre quatro paredes! E que saco fedorento ele deve ter!” Mais cinco minutos se passaram. O cheiro ainda se instalava naquele ônibus super lotado. Resolvi olhar para ela. Mas não tinha coragem. Ela era linda demais. Tentei umas duas vezes olhar. Na terceira foi uma olhada rápida. Ela estava olhando para mim. Devia estar contrariada.O meu cú poderia ter um cadeado. Peidar só na hora que tirasse o cadeado e as correntes. Então vai ou racha!! Olhei pra ela e ela olhou para mim. Ela tirou seu Ray-ban e piscou.
-- Oi gatinho! Sabia que você é uma gracinha!
E pegou na minha mão. Desesperado resolvi levantar do banco e sair de perto. Pensei: “se uma mulher ao ver um cara soltando aquele rojão ainda se interessar por ele no mínimo ela não lava a xoxota!” já peguei muita xoxota fedorenta. Mas minha cota acabou!
A viagem prosseguia. Porque de fato era uma viagem. Mesmo daquelas intermináveis. Eu morava longe de tudo. Trabalhava longe de tudo.Me sentia longe de tudo. Era um escravo do capitalismo e me sentia devassado perante tantas injustiças. Queria ser um carrasco. O filho do demônio. A luz negra do ódio vestindo sua cueca suja e suas espadas de fogo. O terrorista que mata sem perdão. Um ser que age sem paixão. O hermético soldado das favelas e o cantador cheio de firulas com seu smoking e sua barriga de “lobó” e seu sorriso de sarcasmo e lascívia insana e intempestiva. Ser talvez o ser causador de todo o caos abrandasse a dor do meu coração ou pelo menos faria as coisas serem mais toleráveis ou divertidas. Mas bem. Pelo menos ainda tenho o álcool e uma buceta aqui e acolá pra passar o tempo.
Agora falta pouco. Bem pouco. Minha musa está logo ali. Deve estar tri chapada e também puta da vida comigo. Uma bosta essa condução! O ônibus sacoleja mais que sambista de escola de samba carioca. Daqui a pouco chego no Terminal da Bíblia e é só andar um tanto até o bar onde se encontra a causadora dos meus delírios.. Último sinaleiro. Último obstáculo. A porta que me separa de minha deusa. Ela era assim, uma artista e eu seu bocó. É ilustradora, design gráfico, desenhista e estuda belas artes na federal de Goiânia; já está no segundo período e além de estudar na faculdade trabalha lá. Três vezes na semana de manhã. É um tipo de mulher que não se cuida muito, mas mesmo assim não deixa de ser linda. Transpira independência e altivez. Tem uns lábios que emanavam volúpia e uma pele de um branco que lembra funeral. Cabelos não muito grandes e pretos como as trevas. É magra feito aquelas modelos anorexias mas tem uma bundinha empinadinha. Um sinaleiro só... Vermelho. Só vermelho. Essa cor me lembra o sangue das batalhas de stalingrado que assistia nos documentários com tesão masoquista.
O coração acelera rápido e não há mais nenhum vestígio da fumaça fétida que emanei há alguns instantes. Os minutos vão passando e o sinal ainda vermelho. Apenas vermelho. Sempre gostei dessa cor escarlate por causa dos filmes de ação do Arnold Schwarzenegger. E que belos filmes! Sempre fui um cara sensível. Démodé pra cacete! O que me dá uma característica comum em relação a ordem mundial é gostar dos filmes do Schwarzenegger. Ele é demais! Principalmente nas cenas de melodrama onde se exige muito do artista e ele é um cara com um talento raro. Cada personagem é diferente do outroo. Um talento que pesa mais de 80 quilos de massa muscular e algumas pepitas de ouro.
Sempre odiei Shakespeare. Pra mim ele é um escritor enfadonho, viado e que não sabe enxergar as coisas belas da vida. Porra! De tragédia basta a minha vida! E que vida mais desgraçada eu tenho! Já to quase cochilando nesse ônibus sujo. Quase... quase... minhas costas doem e um suor fétido escorre de minha testa e de meu sovaco. Suor que lembra trabalho e trabalho que lembra serviço e serviço que lembra o lugar filho da puta onde me encontro, de segunda a segunda, dia após dia, hora após hora. Eu sou um cristão sem querer. Sempre viro a outra face para os meus inimigos. Não por escolha religiosa mas por condição existencial. E nesse momento meu maior inimigo é esse sinaleiro aí: Vermelho, insano e prepotente).
CARALHOOOOO!!!!! O SINAL ABRIU!!!! Verdinho, verdinho. Sempre gostei dessa cor. Talvez minha ligação com a erva, sei lá. Essa cor sempre me leva a sensação de liberdade (além de sonolência). Mas agora não posso ser sonolento. Preciso ser firme e preciso. Ir atrás de minha donzela. Não sou nenhum príncipe. Estou muito longe disso. Mas tenho uma espada que vou falar pra você. Que espada! Ainda mais quando ela está em guarda, ereta como uma rocha. Povo lento! É preciso empurrar toda uma tropa para sair desse terminal, subir a avenida universitária, seguir sentido a minha musa que fica na praça perto da biblioteca da PUC, num barzinho onde os unversotários se encontram para conversarem. Sabe aqueles seus papinhos fúteis e sem graça né? Pois é... ela sempre está no meio deles... ninguém é perfeito... nem mesmo eu que tenho um pau grande.
Empurrei uma velinha tão bonitinha. Mas foda-se! Sou capaz de tudo pelo meu ideal. Sou um pouco Maquiavel. É nessas horas que a gente nota o quanto faz falta academia. Um sedentário sofre demais nos momentos cruciais da vida. Corro e corro e corro. Espero um pouco. Os carros passam numa velocidade voraz. Mais uns 5 minutos para conseguir atravessar a rua. Chego enfim na Praça Universitária. Estava parecendo um molambo. Um grupo de capoeiristas zumbis com berimbaus incrustados ali todos os dias tocam uma música delirante e cheia de vida. Um canto repetitivo e uma dança magnífica. Mas não estou com tempo para isso. Um grupinho está bem ali fumando um. Ah pra isso sempre tenho tempo. Calma, calma. Meu foco hoje é minha princesa. O resto é supérfluo. Relaxa. Respira. Isso. Passo a biblioteca. No final da praça o bar dos marionetes que bancam serem marxistas sem nunca terem lido uma obra sequer de Karl Marx. Sou mais João Zeferina. Ele me ensinou a me masturbar com bucha de banho. A maior descoberta da minha vida além dos livros de Bocage, outra masturbação. O Brasil sim é um país sem memórias. Mas eu tenho uma memória, modéstia parte, bastante avançada. Lembro inclusive daquela bela trepada com a Aninha que nunca se realizou. Ela era tão safadinha. E eu tão certinho... Parece que minha vida não funciona. Igual esse refrigerador vagabundo que comprei do tio Carlos. Ele é um trambiqueiro de marca maior. Puteiro assumido. Agiota nas horas vagas. Querido pilantra. Minha família é o caos. Um mar em combustão tragando o Nada para a alegria do todo, de deus e do Silvio Santos, grande imperador da gravata verdinha.
“Oh my honey! Fuck you!!” diz o céu sobre minha cabeça. Não pensem na minha cabeça. Esqueçam minha cabeça. Menosprezem minha cabeça. Tá. To ficando careca. Mas e daí? Sempre meu pinto terá mais de dezoito centímetros. E você caro leitor, que por falta de talento apenas lê? Diz que Paulo Coelho é bom sem saber que Paulo Coelho nunca escreveu na vida, apenas relincha e desmunheca nas escolas ociosas do saber. Passei pelas escolas de arte. Não faço nada. Sou o ator da vida. E nada de presunto. Preciso urgente de mortadela. Caminho. Caminho. Caminho. Caminho. Caminho.
Caminho
Caminho
Caminho
Minho
Inho
Inho
Inho
Inho.
Vou sozinho.
Preciso chegar no meu caminho. Insisto nos passos retos e percebo que não sou eterno. O cansaço bate e o suor escorre. Não tenho sorte. Tá tudo tão foda! Tão blasé. Tão sem graça... Corro sem coordenação nenhum esbarrando em muitas pessoas, esses seres sem noção, bando de transeuntes múmias sem identidade. Pareço Roberto Carlos, aquela risada lembra minha amada. São tantas emoções e tantos passos e passos ao local... cheguei!! hahahaha!! O bar está lotado! Cheio de jovens de gola pólo, camisa da Volcon e tênis Nike. Alguns de moicano se proclamando punks esperando o pai em seu conversível, último modelo do ano, para levá-los pra casa. Universitário é uma raça sem caralho. Os rapazes fazem “xixi” e as mulheres “defecam”. Prefiro mijar e cagar. Soa melhor. Nada de exacerbismo formal. Postura “séria” e “compenetrada”. Como dizia o mestre, “bom é a língua errada do povo, ao passo o que a gente faz é simplesmente macaquear a sintaxe lusíada”. Somos macacos? Então cada um no seu galho. E se formos marionetes? Cada um no seu quadrado. Cada um no seu quadrado. Cada um no seu quadrado. “Eu não sou cachorro não”.
Mais umas tropeçadas, uns encontrões, uns esbarrões sem querer e pronto. Ali a deusa a. A deusa dos meus delírios. A minha musa.
-- Oi, querida. Demorei?
-- Imagina...
-- Como foi seu dia?
-- Trabalhei demais. Estou cansada... (bocejo)
-- Hoje o trânsito estava um caos.
-- Novidaaade.
-- Bebe não?
-- Só água. Nem refrigerante.
-- Vou pedir uma Brahma. Garçom! Aquela Brahma gelada!! Hoje você está linda, querida!
-- Por que? Ontem eu tava feia?
-- N-não é isso... Tipo...
-- Tipo que você não sabe o que falar.
-- Quer comer algo?
-- Não.
-- Nem espetinho?
-- NÃO!
-- Quer beber água então?
-- NÃO!!
-- Então vamos conversar.
-- Você que sabe.
-- Já ouviu o réquiem do Beethoven?
-- Que bosta! Eu gosto é de Ana Carolina.
-- Eu curto não. Ela me soa a sapatão.
-- Tem preconceito?
-- Tipo...
-- Tem preconceito??
-- Assim...
-- Tem preconceito??????
-- Não posso dizer que...
-- TEM PRECONCEITO??!!!!
-- Assim...
Discretamente ela fez minha mão disfarçadamente pegar suas partes íntimas e algo crescia rapidamente em seu corpo e não era um bebê... meu coração acelerava descompassadamente.. Depois eu percebi que ELE queria um oral, fomos para o motel e fiquei pensando no negão viado... esse traveco aqui pelo menos tem um rostinho bonitinho e geme fino...